20 set, 2024 - 16:00 • Jaime Dantas
A vacinação contra a gripe e a covid-19 arrancou esta sexta-feira, mas nem todas as farmácias do país conseguiram dar o tiro de partida. Durante a manhã, a Renascença visitou 8 farmácias no Porto e em Vila Nova de Gaia e apenas duas tinham começado o processo. A razão não se prende com a falta de vacinas, mas sim com o facto de não estar garantida a logística necessária para arrancar com o processo vacinal.
Este é um problema que afeta as pequenas farmácias, como a farmácia central de Gaia, onde trabalha Liliana. A farmacêutica diz, com base na experiência de anos anteriores, que a data de entrega de vacinas "nunca é cumprida". Então, como salvaguarda, "foi adiado o início da vacinação para segunda-feira para estar tudo pronto a arrancar", explica.
Já a farmácia Portela, uma das maiores de Vila Nova de Gaia, já está a vacinar os utentes. A farmacêutica Elisabete Estevães conta que, dada a sua dimensão e diversidade de serviços, não foi difícil garantir que tudo estava pronto para começar na data marcada.
"Nós temos um serviço de enfermagem que funciona durante todo o ano e dá um bom apoio nesta altura e torna as coisas mais fáceis", disse.
Contactada pela Renascença, a presidente da Associação Nacional de Farmácias, Ema Paulino, garantiu que "as vacinas chegaram atempadamente às farmácias". Ainda assim, admite que "pode haver um número de farmácias que tenha decidido começar a vacinação a partir da próxima semana por uma questão de reorganização interna", mas, sublinha, "a grande maioria das farmácias estará já pronta para promover a vacinação".
"Não há essa possibilidade de a vacinação atrasar, até porque houve uma preparação que foi feita atempadamente, as farmácias também tiveram informação acerca das condições e tiveram a oportunidade de fazer os seus pedidos relacionados com as vacinas de forma a que as vacinas chegassem às farmácias para estarem disponíveis para a administração durante o dia de hoje", conclui.