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Greve na administração local e regional afeta escolas

20 set, 2024 - 11:25 • Jaime Dantas com Redação e Lusa

Ao longo do dia de ontem, foram lançados comunicados pelas escolas de todos o país aos encarregados de educação com a possibilidade de constrangimentos no normal funcionamento das mesmas.

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A greve dos trabalhadores da Administração Local e Regional, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) para esta sexta-feira, está a causar algumas complicações no funcionamento das escolas.

Em Vila Nova de Gaia, as escolas parecem estar a funcionar na íntegra e o movimento era de aparente normalidade. Na cidade do Porto, a Renascença encontrou apenas uma estabelecimento de ensino encerrado.

Não havia movimento na Escola Secundária Filipa de Vilhena, apenas um papel no portão de entrada onde se lia: “por motivo de greve dos trabalhadores da Administração Local e Regional, a escola não reúne as condições para o desenvolvimento das atividades letivas.”

Em declarações à Renascença, o Presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, avança com escolas de 1º ciclo encerradas no concelho de Vendas Novas e no distrito de Viana do Castelo. Num agrupamento em Matosinhos, seis de um total de sete escolas estão sem atividade.

Ao longo do dia de ontem, foram lançados comunicados pelas escolas de todos o país aos encarregados de educação com a possibilidade de constrangimentos no normal funcionamento das mesmas.

O STAL tinha entregado a 25 de junho um abaixo-assinado ao Governo, subscrito por 25 mil trabalhadores, com as principais propostas do sindicato.

Em causa estão o aumento do salário mínimo na administração pública e do subsídio de refeição, bem como o alargamento da abrangência do Suplemento de Penosidade e Insalubridade (SPI), medidas que contribuiriam para "valorizar os trabalhadores".

Em Lisboa, o múmero de escolas encerradas era de 33 em 124 escolas levantadas.

Número de alunos afetados era 13.407 alunos sem aulas em 52.594 alunos.
Sem dados ainda para 3 agrupamentos. Um total de 15 escolas. Restelo e Laranjeiras ainda sem informação.

Relativamente ao SPI, o STAL defende o aumento da sua abrangência quer em relação aos trabalhadores que beneficiam dele, quer à sua aplicabilidade: "Ficou muito limitado. Ficou só para os trabalhadores da carreira de assistente operacional e, dentro desta carreira, para um conjunto limitado também de profissões.

Nós consideramos que é possível e necessário alargar o âmbito deste suplemento a outras carreiras e a mais profissões", defendeu Cristina Torres.

O sindicato pretende igualmente que este subsídio deixe de ser apenas de penosidade e insalubridade e passe também a ser de risco. Atualmente, o valor do SIP mais alto é de 4,99 euros (por dia) e o mais baixo de 3,36 euros, e é pedida uma "atualização destes valores com base na inflação".

Outra das reivindicações tem a ver com um incremento mínimo de 150 euros de todos os salários e o estabelecimento em 2025 de um salário mínimo, na administração pública, de 1.000 euros (atualmente, o valor é de 821,83 euros).

O aumento do subsídio de refeição dos atuais seis euros para os 10,50 é outra das reivindicações. Paralelamente à greve no setor marcada para a participação no protesto, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), que também está nesta manifestação, convocou para hoje uma greve de 24 horas por melhores condições de trabalho e de salário.

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