20 set, 2024 - 13:40 • Daniela Espírito Santo
O pior já parece ter passado. No derradeiro briefing da Proteção Civil sobre os incêndios que têm assolado Portugal nos últimos dias, o comandante nacional André Fernandes assegura que "todas as ocorrências de ontem e a madrugada foram dadas como dominadas".
"Mantemos só uma ocorrência significativa em Peso da Régua", acrescenta, com 39 operacionais, 11 veículos e dois meios aéreos.
Em resolução estão outras 22 ocorrências e, no total, continuam no terreno 1622 operacionais, 495 meios terrestres e três meios aéreos. Apesar disso, três planos distritais e 11 municipais foram, para já, mantidos.
Desde dia 16 de setembro até esta sexta-feira, foram registadas 182 vítimas - mais 16 desde o último briefing. Destes, apenas dois foram considerados feridos graves. A Proteção Civil volta a considerar apenas cinco mortos nesta vaga de incêndios.
Percorrer o país também deixou de ser uma tarefa que exige consultas constantes do Google Maps para confirmar cortes e desvios: circula-se livremente nas estradas e ferrovias.
Agora, a preocupação passa a ser outra: a chuva. "A situação meteorológica está a mudar", diz André Fernandes, que prevê uma "semana de precipitação" e adianta que serão colocadas em prática "medidas preventivas" para "minimizar as escorrências de inertes nas áreas ardidas".
Naquele que foi o último briefing da Proteção Civil, o comandante nacional André Fernandes aproveitou o momento para agradecer a quem esteve no terreno a combater as chamas, deixando uma palavra de apreço especial "aos corpos de bombeiros" que atacaram a "situação crítica que vivemos", mas também aos "parceiros europeus e vizinhos" que se disponibilizaram para ajudar e uma palavra de "reconhecimento e solidariedade para a população afetada pelos incêndios da última semana".