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“Isto aqui estava um horror, um caos”. Testemunhas relatam ataque em escola da Azambuja

17 set, 2024 - 19:38 • Ana Catarina André , com redação

Aluno de 11 anos viu o esfaqueamento e fala num momento "perturbador". Criança de 11 anos não quer voltar à escola.

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Ataque em escola da Azambuja faz seis feridos
Reportagem de Ana Catarina André

Um aluno esfaqueou esta terça-feira seis colegas na Escola Básica da Azambuja. Testemunhos recolhidos pela Renascença dão conta de momentos de “horror” e “caos”.

A criança de 12 anos, filho de uma professora, entrou na escola com um colete à prova de bala e armado com uma faca atacou vários colegas. Seis alunos ficaram feridos, um inspira mais cuidados, mas não corre perigo de vida.

Leonardo Paraíso, pai de um dos alunos da escola da Azambuja, chegou ao local poucos minutos depois do ataque e conta o que viu: um cenário de pânico.

“Isto aqui estava um horror, um caos. Sirenes, polícia, bombeiros, INEM, carros mal estacionados em todo o lado, crianças a chorar, tudo perturbado, as pessoas do lado de fora”, relata o encarregado de educação.

Na segunda-feira, a Escola Básica da Azambuja já tinha sido alvo de atos de vandalismo que danificaram o sistema de vídeovigilância.

Ontem foi vandalismo, hoje é o ataque, amanhã o que é que vai ser. Nós precisamos de trabalhar, os nossos filhos precisam de estudar, precisam de ir para a escola”, afirma Leonardo Paraíso.

O filho de Leonardo é aluno naquela escola dos arredores de Lisboa e assistiu ao esfaqueamento de uma das jovens. Kauan Paraíso, de 11 anos, conta que um colega conseguiu travar o agressor.

Quando saí da escola deparei-me com uma criança a espetar uma faca nas costas de uma rapariga, mas não tinha visto sangue. Mas um colega disse que a miúda estava a sangrar das costas e esse colega conseguiu parar o agressor, juntamente com as auxiliares”, recorda.

Kauan Paraíso fala num momento “perturbador” e diz que não quer voltar para a escola depois do que aconteceu esta terça-feira.

“Disse aos meus amigos para saírem lá de dentro, fomos para o fundo das escola, ficámos lá, até que vimos as ambulâncias a chegar. Viemos para aqui, vimos um monte de crianças a chorar. Foi um bocado perturbador”, relatou o aluno.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, já condenam o ataque com arma branca, desta terça-feira, que provocou seis feridos numa escola da Azambuja.

Marcelo Rebelo de Sousa "lamenta e repudia" o incidente e afirma que "nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal ato de violência". O Presidente faz um apelo à reflexão em resultado deste ataque.

O primeiro-ministro também condenou o ataque numa escola da Azambuja, que classificou como “um ato isolado e um fenómeno estranho à sociedade portuguesa”, mas que obriga à reflexão.

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