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Fogos

Incêndios. Governo declara situação de alerta em todo o país

15 set, 2024 - 11:56 • Ana Kotowicz , Miguel Coelho

Decisão implica elevar do grau de prontidão das forças de segurança e das equipas de emergência médica.

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Portugal vai entrar em situação de alerta durante a tarde deste domingo. O motivo? O agravamento do risco de incêndio rural, explica-se num comunicado conjunto de vários ministérios.

Assim, haverá várias medidas de caráter excecional que vão estar em vigor até à meia-noite de terça-feira, onde se incluem, entre outras, a proibição da circulação e permanência no interior de espaços florestais ou a proibição de queimadas. Também ficam interditados trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria e o uso de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos.

Mas há mais: esta situação de alerta implica ainda o elevar do grau de prontidão das forças de segurança, como os bombeiros, e das equipas de emergência médica.

Das 13h00 de domingo às 23h59 de terça-feira

"A situação de alerta abrange o período compreendido entre as 13h00 horas do dia 15 de setembro e as 23h59 horas do dia 17 de setembro", lê-se no comunicado dos ministérios da Administração Interna, da Defesa Nacional, da Saúde, das Infraestruturas e Habitação, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do Ambiente e Energia e da Agricultura e Pescas.

Na mesma nota, explica-se que, perante a elevação do estado de alerta especial do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), há "necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao risco de incêndio elevado, muito elevado e máximo" em grande parte do território continental.

Assim, e segundo o que está previsto na Lei de Bases de Proteção Civil, eleva-se o grau de prontidão e resposta operacional da GNR e da PSP, o que obriga ao reforço de meios (está autorizada a interrupção de férias e a suspensão de folgas e períodos de descanso).

Balanço: 17 fogos rurais ativos preocupam bombeiros

Um incêndio em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, e dois em Fafe (Braga), eram domingo, pelas 11h00, os mais preocupantes do país.

Em Sever do Vouga, as chamas consomem povoamento florestal desde as 02h17 e estão a ser combatidas por 50 veículos, cerca de 170 operacionais e cinco meios aéreos, segundo fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), citada pela Lusa, o que levou a encerrar a Estrada Nacional 16 (EN16) entre Carvoeiro e Poço de Santiago. Não há habitações em risco.

Em Fafe, lavram dois incêndios, um dos quais em Cruz de Carrelhas, com início às 00h22 de domingo (49 viaturas, quatro meios aéreos e mais de 160 operacionais). O segundo é o mesmo incêndio que na sexta-feira deflagrou em Soutelo e que voltou a estar ativo. É combatido por 15 veículos, dois meios aéreos e mais de 150 operacionais. Também ali não há registo de casas ameaçadas nem de vias cortadas.

Às 11h00 estavam ativos 17 fogos rurais, "muitos deles ainda em despacho de alerta", com os elementos de combate a caminho do local.

O incêndio em Silvares, no Fundão (Castelo Branco), está dominado desde sábado, mas mantêm-se no local 170 bombeiros e 58 veículos em atividades de prevenção, vigilância e estabilização dos perímetros. Às 11h00 estavam em operações relacionadas com o combate a incêndios no continente 1.250 operacionais, ajudados por quase 370 veículos e 19 meios aéreos.

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