"Há crianças que já se magoaram nos pisos do ginásio, porque chove nas dentro das instalações" da Escola Básica Eugénio de Andrade.
A descrição é feita à Renascença por Ana Moreira, uma das mães que esta quarta-feira participou no protesto à entrada do estabelecimento para exigir "obras urgentes".
A escola doi construída em 1971 e, desde aí, nunca sofreu "alterações de raiz. "Está degradada com condições deploráveis para as crianças conseguirem aprender. O polivalente fica alagado quando chove, as salas são muito frias e há amianto nos telhados", conta a encarregada de educação.
Os casos são vivenciados quase diariamente por vários jovens, como é o caso de Marta Coelho. A aluna relata episódios constantes de chuva no interior do polivalente, "De tal maneira que os funcionários e professores têm de pôr caixotes de lixo para cair água lá dentro em vez de inundar o pavilhão."
Marta, juntamente com outros colegas, marcou também presença esta sexta-feira de manhã, no protesto, por considerar que atualmente não existem condições que garantam "qualidade para os alunos, tanto para conviverem como para aprenderem".
Os pais já interpelaram "várias entidades, como a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e a Câmara Municipal do Porto", mas as respostas têm sido sempre as mesmas, "sempre negativas relativamente à recuperação de algumas áreas mais prioritárias".
"A Câmara Municipal do Porto e a DGEstE referem que é uma obra sobre a qual não têm responsabilidade e, por isso, continuamos no jogo do empurra", afirma a mãe.
Pelas 7h30, o portão da escola foi encerrado e tapado com uma faixa de pano, na qual lia-se "obras já". Praticamente uma hora depois, depois de uma ação da Polícia de Segurança Pública (PSP) as entrada ficou desempedida para o arranque do primeiro dia de aulas deste ano letivo.