13 set, 2024 - 06:10 • Fátima Casanova
A falta de professores está a obrigar os colégios privados a aumentar salários, revela à Renascença o diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular (AEEP).
Rodrigo Queiroz e Melo admite que este ano tem sido mais difícil contratar nas grandes cidades, em particular para o Pré-Escolar e para o 1.º Ciclo.
Ainda assim, o diretor-executivo da AEEP diz que a situação é ultrapassada com salários mais apelativos. “Sempre que necessário temos de pagar melhor para poder recrutar não só professores, se houver falta de professores, mas também os melhores professores.”
Rodrigo Queiroz e Melo diz que “há muitos estabelecimentos de ensino que pagam em função do caso concreto acima da tabela ou que dão prémios e outras vantagens acessórias” para contratar ou segurar os docentes.
"Tem sido mais difícil recrutar, mas na verdade temos os quadros cheios"
“É algo que nós fomentamos muito que aconteça, porque nós não acreditamos também neste sistema em que todos ganham o mesmo, portanto, o talento merece e tem de ser premiado”, sublinha.
Nestas declarações à Renascença, o diretor-executivo da AEEP admite que os colégios pequenos possam ter maior dificuldade em concorrer com aquilo que o Estado paga, mas diz que tudo depende da procura.
“Quando a procura dos pais é muito forte, é sempre possível encontrar professores, uma vez que isso permite aos estabelecimentos de ensino ser mais concorrencial do que o Estado ao nível do pagamento”, refere.
Reportagem
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Rodrigo Queiroz e Melo garante que os colégios estão preparados para o arranque do ano letivo, com os quadros do pessoal docente preenchidos, apesar das dificuldades em contratar professores.
“Não negamos que este ano, tal como o ano anterior já assim o foi, tem sido mais difícil recrutar do que em tempos mais antigos e também temos tido mais mudanças no corpo docente do que havia anteriormente, uma vez que atualmente, com bastante facilidade, os candidatos a professores podem vincular no Estado”, começa por referir.
“Mas na verdade temos os quadros cheios. Sentimos que há mais dificuldade em alguns estabelecimentos de ensino menores, como Pré-Escolar e 1.ª Ciclo, uma vez que por vezes é mais difícil substituir estes profissionais, nas grandes cidades. São, ainda assim, casos que nos preocupam, mas casos residuais no total do setor”, conclui o diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular.