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​Educação

Apoio a professores deslocados é "perigoso" porque "cria situações de desigualdade"

13 set, 2024 - 22:08 • Fátima Casanova

Associação Nacional de Dirigentes Escolares considera que a medida cria “mais um foco de desestabilização desnecessário nas escolas”.

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Financiar a deslocação de professores só para determinadas zonas do país “pode ser perigoso”, alerta o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE).

Em declarações à Renascença, Manuel Pereira admite que era urgente tomar medidas para colocar mais professores nas escolas, mas critica o apoio à deslocação, publicado esta sexta-feira em Diário da República.

“Cria situações de desigualdade, porque em todo o país, de norte a sul, há professores que se deslocam diariamente. Financiar professores que vão trabalhar para escolas consideradas deficitárias e não financiar professores que trabalham em escolas não consideradas deficitárias de alguma forma, cria-se uma situação de desigualdade, que é preciso ter cuidado”, sustenta o presidente da ANDE.

Manuel Pereira considera que o novo apoio a professores deslocados pode ser “perigoso”, porque cria “mais um foco de desestabilização desnecessário nas escolas”.

“Se há escolas em que não faltam professores, é porque há professores que se deslocam para lá”, sublinha o responsável, lembrando que em escolas da região norte muitos dos professores são deslocados.

Manuel Pereira defende que, para resolver o problema da falta de professores no sul do país, é preciso criar condições, nomeadamente “garantir uma residência que possam pagar”.

Para além do decreto-lei publicado esta sexta-feira em Diário da República, com as condições para os professores deslocados, também foi publicado o aviso de apoio extraordinário à renda. Dois subsídios que, tal como a Renascença avançou, não são cumulativos.

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