11 set, 2024 - 19:52 • Ricardo Vieira
Os guardas prisionais chegaram esta quarta-feira a acordo com o Governo e vão passar a progredir mais rapidamente na carreira.
O entendimento foi anunciado por Frederico Morais, do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, no final de um encontro com a ministra da Justiça, Rita Júdice.
Os guardas prisionais vão passar a ter um sistema de avaliação idêntico aos elementos PSP, com algumas adaptações.
“Vamos progredir na carreira mais rapidamente, subir de nível no mínimo de três em três anos. Atualmente a média era de cinco em cinco anos, agora vamos ser iguais aos colegas da PSP”, explica Frederico Morais, do Sindicato Nacional da Guarda Prisional.
Os guardas prisionais também ficam com a garantia de que vão ser incluídos em futuras negociações do sistema de avaliação, com vista a progressões de dois em dois anos.
“Isto vai criar atratividade. Quem concorre para a GNR e PSP, quando inicia a carreira começa a progredir mais rápido nos níveis remuneratórios. Nós, não. Ficávamos para trás. A diferença entre um guarda prisional e um agente da PSP é que ele em dez anos sobe três vezes e eu subo duas. É dinheiro”, sublinha Frederico Morais.
O concurso para a contratação de mais guardas prisionais também está em andamento, indicou a mesma fonte.
Sobre as críticas da ministra da Justiça às falhas detetadas na Prisão de Vale de Judeus, que permitiram a fuga de cinco reclusos, Frederico Morais diz que os guardas prisionais querem "fazer parte da solução".
"Entendemos as críticas, mas quem estevem atento à entrevista da ministra, na RTP, percebeu bem para quem eram as críticas: para o diretor-geral dos Serviços Prisionais ao diretor da cadeia. Sentimos as críticas, que foram duras, e dissemos que é preciso investir", sublinhou.