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Relatório OCDE

Mulheres com formação superior têm maior taxa de empregabilidade do que os homens

10 set, 2024 - 10:00 • Fátima Casanova

Mas o ensino superior não anula a disparidade salarial, indica estudo da OCDE. Em Portugal, o salário das mulheres qualificadas fica-se pelos 80% dos seus colegas homens.

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As mulheres com formação superior têm uma taxa de empregabilidade (89%) maior do que os homens (87%) em Portugal. A conclusão é do estudo "Education at a Glance", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), publicado nesta terça-feira.

Já na média dos países da OCDE ocorre justamente o contrário: os homens têm uma taxa superior de empregabilidade, chegam aos 90%, enquanto as mulheres ficam-se pelos 84%.

No entanto, segundo a OCDE, o ensino superior não ajuda a reduzir a disparidade salarial entre homens e mulheres.

No conjunto dos 38 países mais ricos, as mulheres jovens, com qualificação superior, ganham em média 83% do salário dos seus colegas do sexo masculino. Em Portugal, a disparidade ainda é maior: o salário das mulheres qualificadas fica-se pelos 80% dos seus colegas.

Percentagem de jovens "nem-nem" em queda

A percentagem de jovens que não trabalha nem estuda diminuiu em Portugal, entre 2016 e 2023, revela o estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicado nesta terça-feira.

Segundo a OCDE, a percentagem de jovens entre os 18 e 24 anos que não frequenta a escola ou tem emprego, conhecidos como “nem-nem”, caiu 5%, para 13,2%, ficando seis décimas abaixo da média dos 38 países membros da organização.

Sem surpresa, o relatório da OCDE revela ainda que o grau de escolaridade dos pais tem um forte impacto no percurso escolar dos filhos: 79% das pessoas entre os 25 e os 64 anos, que tenham pelo menos um dos progenitores com formação superior, também concluíram o ensino superior.

Em contrapartida, apenas 21% das pessoas cujos pais não têm o ensino secundário conseguiram concluir um curso superior.

À semelhança de estudos anteriores, a OCDE reitera que o desemprego é maior entre os jovens com baixas qualificações, assim como os baixos salários.

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