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Fuga de reclusos

Rui Pereira. "Houve falhas de segurança graves", diz ex-ministro da Administração Interna

08 set, 2024 - 19:10 • José Carlos Silva com Redação

Falhas e problemas na cadeira de Vale de Judeus vão além das torres de vigia desativadas, diz antigo ministro de José Sócrates.

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Falhas e problemas na cadeira de Vale de Judeus vão além das torres de vigia desativadas, diz antigo ministro da Administração Interna.

A cadeia de Vale de Judeus está a funcionar sem diretor há meses e o chefe do estabelecimento prisional está de baixa há cerca de um ano, salienta, à Renascença, Rui Pereira, ex-ministro da Administração Interna de José Sócrates, que faz um balanço dos problemas daquele estabelecimento prisional.

"Houve realmente falhas de segurança graves. Ocorreu uma invasão de cinco delinquentes perigosos, responsáveis por crimes graves e violentos, e no contexto que é igualmente grave", começa por dizer, antes de enumerá-los: "A prisão não tem diretor, tanto quanto percebi, há três meses. O corpo de guardas prisionais está reduzido a metade. O chefe está de baixa há cerca de um ano. As torres de vigia foram inativadas há nove anos. As imagens das câmaras não eram visionadas. Os reclusos estavam no recreio às dezenas sem qualquer vigilância e a fuga terá demorado cerca de quinze minutos", explica.

Sobre o silêncio do Governo e do Estado sobre este caso, o antigo ministro sublinha que quem primeiro veio a público dar esclarecimentos e pedir cuidados adicionais à população foram os sindicatos e não o Estado ou o Governo.

"Perante estas falhas os responsáveis devem, na realidade, prestar esclarecimentos. Ora, os esclarecimentos imediatos que eu ouvi foram prestados por dois presidentes de sindicatos de guardas prisionais, que avisaram logo a população que não deve interagir com os fugitivos. A Direção-geral de Reinserção Social e Serviços Prisionais, pelo que compreendi, tarde, e, a nível político, o ministério da Justiça remeteu-se ao silêncio", salienta.

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