08 set, 2024 - 15:36 • Redação com Lusa
A fuga dos cinco evadidos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, que aconteceu este sábado, foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09h56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.
De acordo com o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), Rui Abrunhosa, que falava em conferência de imprensa na sede do Sistema de Segurança Interna (SSI), "a partir desse momento foram desencadeadas todas as ações. Neste momento está em curso uma investigação através do serviço de auditoria e de segurança para saber o que possa ter falhado".
Questionado sobre o que terá falhado na parte da observação das câmaras de videovigilância [cerca de 200], o responsável dos serviços prisionais disse que essa é uma das vertentes que terá de ser apurada na investigação interna que está em curso.
"Com certeza que devia haver [guardas a olhar para as imagens de videovigilância]. Se não houver ninguém isso é uma falha muito grave na segurança", disse, admitindo que a quadrícula [das imagens das 200 câmaras] é grande e que é necessário apurar o que falhou.
fuga de reclusos
Responsáveis de vários organismos ligados à operaç(...)
Luís Neves, Diretor Nacional da PJ, explicou que importa perceber quem está por trás desta fuga, "organizada a partir de fora" por uma uma organização criminosa, muito complexa, com capacidade financeira.
Luís Neves disse que a PJ está a levar a cabo uma investigação para saber de que forma ocorreu a fuga e quem está por detrás dela.
“Dos nossos trabalhos que já levam 20 horas detetamos que todos os pormenores [da fuga] foram preparados ao mínimo detalhe”, disse Luís Neves, salientando a cooperação existente entre todas as forças de segurança.
O diretor da PJ alertou para o “grau de perigosidade” dos reclusos evadidos e avisou a população para, caso se cruzem com os fugitivos, recorrerem ao 112. “O fator vida humana pode estar em causa”, afirmou.
Ao pormenor
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Durante a conferência de imprensa, o secretário-geral adjunto do SSI, Miguel Vieira, foi também questionado sobre se foi equacionado o restabelecimento do controlo de fronteiras na sequência da fuga dos cinco presos, tendo esclarecido que não.
"Para uma situação confinada como esta, [essa solução] não é adequada nem proporcionada", disse, salientando que tanto a GNR como a PSP já estabeleceram as medidas consideradas adequadas para se fazer esse controlo.
O SSI disse no sábado que foi "agilizada a cooperação policial internacional" para a captura dos evadidos.
Os responsáveis da GNR e da PSP presentes na conferência de imprensa detalharam também as medidas tomadas e acionadas por cada uma das forças de segurança na sequência da fuga dos cinco detidos.
No caso da GNR, foi referido, todo o dispositivo foi informado e está em alerta, com o comandante do Comando Territorial da GNR de Lisboa, tenente Coronel João Fonseca a sublinhar que a "palavra-chave" é colaboração e cooperação.
Também o superintendente da PSP presente na conferência de impressa afirmou que as forças estão todas juntas neste desafio comum que é recapturar os evadidos, reiterando a perigosidade dos indivíduos em causa e a necessidade de cuidado na sua abordagem.