06 set, 2024 - 22:14 • João Pedro Quesado
Uma grávida com 29 anos teve que percorrer 244 quilómetros e passar por três hospitais até ser atendida, em Beja, nove horas depois de sair de casa. O caso aconteceu na quarta-feira e foi avançado pela RTP.
A jovem deslocou-se ao Hospital de Santiago do Cacém devido a uma hemorragia, e sentia dores, adiantou a SIC Notícias.
O Hospital de Santiago do Cacém, que não tinha serviço de obstetrícia e ginecologia, encaminhou a jovem para o Hospital de Setúbal, pedindo o transporte aos Bombeiros Voluntários de Cercal do Alentejo por volta das 16h00. A corporação fica a cerca de 40 quilómetros da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.
Já quase no fim da viagem de 102 quilómetros e de mais de uma hora, os bombeiros foram informados pelo Hospital de Santiago do Cacém que o serviço de obstetrícia e ginecologia do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, também estava fechado por falta de médicos.
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De acordo com a SIC Notícias, o hospital fez o encaminhamento para o hospital mais próximo sem verificar a disponibilidade do serviço de obstetrícia e ginecologia, admitiu a administração do Hospital de Santiago do Cacém, que abriu um processo de averiguação sobre a ocorrência.
O erro obrigou a grávida e os bombeiros a esperarem por uma solução em Setúbal, depois de o Hospital Garcia de Orta, em Almada, também ter recusado atender a jovem. Beja foi o novo destino: uma viagem de 142km e 1h30.
A jovem de 29 anos chegou ao Hospital de Beja pelas 21h00, sendo atendida depois de passarem cinco horas do pedido de transporte de Santiago do Cacém para Setúbal. Mas já passavam nove horas desde que se dirigiu ao hospital santiaguense.
Duas horas depois, a equipa do Hospital de Beja autorizou o regresso da jovem grávida de 29 anos a Santiago do Cacém - uma viagem de outra vez acima de uma hora.
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