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Incêndios

Número elevado de fogos em Arcos de Valdevez é "falha grave" a debater

04 set, 2024 - 16:42 • Lusa

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez disse hoje que o elevado número de incêndios registados todos os anos são "uma falha grave" que merece "reflexão por todos os que constituem a Proteção Civil".

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O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez disse esta quarta-feira que o elevado número de incêndios registados todos os anos são "uma falha grave" que merece "reflexão por todos os que constituem a Proteção Civil".

"Ano após ano, Arcos de Valdevez continua a ser destacadamente o concelho com o maior número de incêndios a nível nacional. É raro falhar a medalha de ouro nesta trágica estatística. Há assim uma falha grave que tem de ser objeto de reflexão por todos os que constituem a Proteção Civil, principalmente a nível municipal", afirma Germano Amorim, citado numa nota hoje enviada à imprensa.

Segundo o responsável, "não é tolerável que se se aceite esta realidade como normal e sem que essencialmente se lance um debate alargado entre todos os que constituem este complexo edifício".

"Não é igualmente aceitável que se continue a aceitar que o nível de investimento público seja tão escasso em matéria de combate, já que a prevenção e a organização territorial são evidentemente uma falha terrível", acrescente.

Germano Amorim defende um "reforço significativo do financiamento, a montante e a jusante, em Arcos de Valdevez, que se encontra em pleno Parque Nacional Peneda Gerês (PNPG)".

"Cada vez que ocorre um incêndio estão em risco a integridade das pessoas, seus animais e bens. Está em causa a natureza, a biodiversidade, o bem-estar das populações, a sua riqueza, a sua economia, o turismo, entre outros. Quem quer continuar a tapar o sol com a peneira que o faça, que em dias de fogo, torna-se bastante mais fácil", avançou.

Como exemplo apontou o cenário que hoje se vive no concelho "com 222 operacionais de vários pontos do país, com 46 viaturas e apoio de oito meios aéreos a proceder ao combate a vários incêndios que lavram essencialmente a zona da União de Freguesias de São Jorge e Ermelo e que, possivelmente, afetará também a freguesia do Vale, sendo que outro incêndio em Guilhadeses deflagrou recentemente".

Às 15h20, segundo informação na página oficial da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio que lavra desde terça-feira às 20:21, mobilizava 245 operacionais, 72 viaturas e, 10 meios aéreos.

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