03 set, 2024 - 12:13 • Daniela Espírito Santo com Lusa
Os mergulhadores deram por concluídas as operações de busca por peças do helicóptero que caiu no rio Douro, em Lamento. Aos jornalistas, o comandante da Polícia Marítima do Norte, Rui Silva Lampreia, confirma que "foram recuperados todos os elementos que foi possível retirar do fundo do rio". Para Silva Lampreia, a operação de recuperação de destroços foi "um sucesso" e o conjunto de elementos recuperados será "suficiente" para apurar causas.
Esta manhã foi retirado "diverso material" que restou da aeronave, "incluindo a cauda", que se encontrava "praticamente intacta". "Tem o rotor, que será importante para as perícias que forem feitas", acrescentou o comandante.
Apenas um "display", uma espécie de computador de navegação, não foi recuperado do leito do rio, mas o comandante acredita que tal não será necessário para as investigações.
Nos trabalhos estiveram envolvidos operacionais da Polícia Marítima, quatro mergulhadores, dois polícias afetos à Régua e elementos da Unidade Central de Investigação Criminal, bem como mais duas pessoas afetas à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
Na segunda-feira, chegou a estar previsto dar os trabalhos de recuperação de destroços da aeronave por terminados, mas os mergulhadores da Polícia Marítima encontraram a cauda do aparelho, que acabaram por remover esta terça-feira.
Os destroços da aeronave estão a ser levados para o hangar de investigação do GPIAAF no aeródromo de Viseu.
A circulação de barcos naquela área mantém-se com os condicionalismos já implementados, ou seja, uma embarcação de cada vez, baixa velocidade e acompanhamento feito pela Polícia Marítima.
A bordo, aquando do acidente que aconteceu na zona de Samodães, concelho de Lamego (Viseu), seguiam cinco militares UEPC da GNR e o piloto, o único sobrevivente.
Na sexta-feira, foram recuperados os corpos de quatro militares e, no sábado à tarde, a quinta vítima mortal.
No sábado, o organismo responsável pela investigação à queda do helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, o GPIAAF, disse já ter ouvido o piloto e testemunhas e concluído "o essencial da fase de trabalhos de campo".
"O GPIAAF tenciona publicar ao final da próxima terça-feira uma nota informativa dando conta das constatações iniciais e do caminho a prosseguir pela investigação", segundo um comunicado enviado à agência Lusa naquele dia.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 -- Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve, e o acidente aconteceu quando regressava ao Centro de Meios Aéreos de Armamar.