02 set, 2024 - 12:07 • Cristina Nascimento
Se as aulas começassem esta segunda-feira, mais de 120 mil alunos teriam pelo menos um professor em falta.
As contas são feitas pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), tendo por base os pedidos de recrutamento feito pelas escolas.
Os números foram divulgados na conferência de imprensa realizada no dia em que as escolas reabrem.
Segundo a contabilização feita pela Fenprof, há, pelo menos, 890 horários por preencher, que correspondem a 19.598 horas de aulas, 4.900 turmas e cerca de 122 mil alunos "que, se houvesse aulas hoje, não teriam, pelo menos, um professor".
"Lisboa destaca-se. Destes 890 horários faltam 434 em Lisboa, 205 em Setúbal, 112 em Faro. Por grupos de recrutamento ou disciplina, os três com maior número de horários [em falta]: informática com 216, Geografia com 92 horários e português, do secundário, com 85 horários", adiantou ainda o secretário-geral da Fenprof.
Os responsáveis da estrutura sindical ressalvam que ainda faltam sair algumas colocações, mas que, por outro lado, há baixas médicas e aposentações que também ainda vão acontecer.
Nesta conferência de imprensa, Mário Nogueira anunciou ainda que vão entregar um pré-aviso de greve com efeito a partir de 12 de setembro, uma paralisação às horas extraordinárias, que, no entanto, não deve afetar as aulas dos alunos.
"Esta não é uma greve que tenha por objetivo impedir alunos terem aulas, isso até seria mau numa altura destas", começou por dizer.
Mário Nogueira garante que "é uma greve que permitirá a quem aderir e ter um horário o mais próximo possível do horário de trabalho que a lei estabelece, sem, no entanto, penalizar os alunos".
O calendário escolar indica que o regresso às aulas vai acontecer entre 12 e 16 de setembro.
[notícia atualizada às 14h36]