30 ago, 2024 - 16:07 • Cristina Nascimento
O Ministério da Educação está aberto a melhorar o subsídio a professores deslocados.
A proposta inicial apresentada aos sindicatos, esta sexta-feira de manhã, é um valor entre 75 e 300 euros, para quem for colocado a mais de 70 quilómetros da sua área de residência.
Os professores consideram o valor baixo e não querem que seja sujeito a IRS.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, admite que há margem para melhoria.
“Nós vamos repensar em função também da discussão que aqui tivemos hoje, porque nós reunimos com os sindicatos de facto para os ouvir e percebermos bem qual é a melhor solução. Foi um tema que foi levantado e nós vamos repensar a forma como o apoio é dado e possivelmente traremos uma nova proposta na próxima reunião”, disse o ministro aos jornalistas, depois da reunião com todas as estruturas sindicais representativas dos docentes.
Apesar da abertura para melhorar a proposta, o ministro da Educação assegura que o subsídio só será atribuído a professores de certas escolas e disciplinas.
Questionado sobre se a lista de escolas que vão beneficiar desta medida vai ser divulgada, o ministro disse que não.
“Temos que perceber e os sindicatos percebem e, já agora, os órgãos de comunicação social também perceberão com certeza que, embora esta informação seja pública, ela deve ser divulgada com cuidado, porque nós vamos estar a dizer que há determinadas escolas que têm muita dificuldade em garantir que há aulas. Ora, se fizermos isto, se não fizermos isto com cuidado, nós estamos a estigmatizar essas escolas de uma forma muito grave”, explicou.
Declarações de Fernando Alexandre depois de cinco horas de reunião. O subsídio a professores deslocados, bem como o concurso extraordinário de vinculação de docentes vai voltar a ser discutido entre as partes numa nova reunião apontada para setembro.