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Incêndio na Madeira causado por "lançamento de foguetes", diz PJ à Renascença

29 ago, 2024 - 15:20 • Vasco Bertrand Franco , Ricardo Vieira

Responsáveis estão identificados. Polícia Judiciária revela resultados preliminares da investigação ao grande incêndio que consumiu mais de 5 mil hectares.

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Incêndio na Madeira teve origem em foguetes e suspeitos identificas, diz Ricardo Tecedeiro

O grande incêndio deste mês na Madeira "terá tido origem no lançamento de foguetes", avançou esta quinta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

A investigação "permitiu identificar quer o local, quer os responsáveis pelo lançamento dos foguetes", adianta a PJ, em comunicado enviado à Renascença.

Nos últimos dias, os inspetores recolheram "depoimentos com relevo, análises de circunstâncias, informação meteorológica, informação oficial de várias entidades, bem como análise indiciária de vários elementos".

Em declarações à Renascença, Ricardo Tecedeiro, coordenador da Polícia Judiciária da Madeira, confirma que o incêndio teve início no lançamento de foguetes.

Ricardo Tecedeiro confirmou que os suspeitos foram identificados e que todas as diligências foram formalizadas. No entanto, o coordenador da PJ não avança o número de pessoas envolvidas.

A SIC Notícias avança que duas pessoas terão sido constituídas arguidas. Tratam-se de dois emigrantes a passar férias na Madeira.

O incêndio deflagrou a 14 de agosto e só foi completamente extinto 12 dias depois.

As chamas consumiram mais de 5 mil hectares de mato e de floresta, incluindo partes da Floresta Laurissilva.

A investigação levada a cabo pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira da PJ ainda prossegue.

A Polícia Judiciária confirma, assim, as suspeitas do presidente do governo regional da Madeira. "Não tenho dúvida de que se tratou de fogo-posto", declarou Miguel Albuquerque, a 18 de agosto.

Em declarações à Renascença, o presidente da Câmara da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento, afirmou que o incêndio inicial terá sido provocado acidentalmente pelo lançamento de um foguete, mas noutros focos houve fogo posto, como na freguesia do Campanário.

[notícia atualizada às 18h09]

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  • Luiz
    30 ago, 2024 SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROS 07:43
    Então mas o Rei Albuquerque já não tinha decretado a origem do fogo?!
  • Pedro
    29 ago, 2024 Lisboa 16:36
    O que eu gostava de saber é o porquê de ainda serem permitidos foguetes em 2024. Tenho dificuldade em perceber que tipo de incómodo ou falta faz na vida de alguém o não se rebentarem foguetes numa festa. Será que alguém morre se nao houver foguetes? Quão tacanho ou básico alguém tem de ser para ficar sequer triste ou desiludido por não ouvir meia dúzia de foguetes a rebentar? Será que a festa e a animação das populaça fica irremediavelmente estragada por não haver foguetes? Conseguia perceber se estivéssemos a falar de uma componente mais relevante de uma festa, tipo proibir-se o baile, a procissão sei lá, ou a parte da comida/bebida, etc, (ou até, com algum esforço, o fogo de artifício numa passagem de ano por exemplo) mas foguetes?? Que tipo de falta faz na vida de alguém deixar de se ouvir esse tão belo e essencial barulho de um foguete a rebentar? Se alguém tem de ser constituído arguido e ser responsabilizado são os burros que estão à frente das entidades que permitem isto.

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