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Moedas garante que "só 10%" dos edifícios em Lisboa precisam de reforço antissísmico

26 ago, 2024 - 11:46 • Lusa

A Câmara Municipal de Lisboa está a "avaliar sismicamente mais de 1.500 edifícios municipais"

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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse hoje que "só 10%" dos edifícios da capital precisam de reforço antissísmico, sublinhando que o município está a fazer uma avaliação há dois anos.

"Lisboa desde há dois anos que se está a preparar", disse Carlos Moedas, em declarações à estação de televisão SIC, à margem de uma conferência europeia sobre mecânica dos solos e geotecnia, que decorre hoje na capital.

Esta madrugada Portugal foi abalado por um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter, registado às 05:11 e com epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal. .

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a "avaliar sismicamente mais de 1.500 edifícios municipais", informou Carlos Moedas, sublinhando que "só 10% precisam de reforço" contra terramotos.

"Estamos a avaliar sismicamente todos os edifícios, porque é importante sabermos onde estão os perigos", frisou Carlos Moedas, recordando que "mais de 50% [dos edifícios] foram construídos antes de haver regras antissísmicas".

O autarca acrescentou que também já foram identificados os viadutos em maior risco e que as 28 escolas que passaram do Estado para a CML "vão ter reforço do ponto de vista sísmico".

O autarca adiantou que não houve "nenhuma ocorrência significativa" na cidade em resultado do sismo, mas relatou que existiram "muitos telefonemas" de pessoas "com preocupação" e procurando informação.

"Estamos a preparar-nos todos os dias, a medir os vários riscos", assegurou Carlos Moedas, considerando que "as equipas estão muito bem preparadas" e referindo que já foi dada formação nesta área a "mais de 700 engenheiros".

Lisboa tem-se preparado sobretudo nos alertas de tsunami, no reforços dos edifícios e na informação à população sobre o que fazer nestes casos, no âmbito da qual entregou "2.500 kits" a estudantes, acrescentou.

Apelando à "calma e serenidade", Carlos Moedas disse ainda que o sismo desta madrugada foi sentido, mas teve uma intensidade "longe do acionar de um plano".

Constatando o que há muito se sabe que "Lisboa está numa zona sísmica", onde, portanto, situações como a desta madrugada podem voltar a acontecer, o autarca partilhou que ouviu dos técnicos reunidos na conferência em geotecnia que até "é bom" que estes abalos vão acontecendo, porque libertam as placas tectónicas.

"Sabemos que os sismos vão acontecer, não sabemos é quando nem com que intensidade", disse, realçando a importância da autoproteção e dos planos de evacuação.

"Desde há dois anos que trabalhamos com todas as freguesias sobre planos de evacuação com pontos seguros", destacou.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o sismo sentido esta madrugada (que também abalou Espanha) não causou, até ao momento, danos pessoais ou materiais.

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  • Anastácio Lopes
    26 ago, 2024 Lisboa 11:40
    Esta afirmação dita por quem a disse ou prova a sua incompetência e irresponsabilidade, ou ignora o estado em que se encontram os restos dos prédios situados na Quinta do Ferro, Bairro da Liberdade e Bairro da Serafina, os quais, ao mínimo movimento da terra, correm sérios riscos de deixarem de existir e de os seus ocupantes, por imposição de quem fez esta afirmação que a menos de um ano de terminar o mandato rigorosamente nada fez para atribuir uma habitação social, digna desse nome, com as segurança, higiene, e dignidade que as alegadas habitações dos bairros mencionados nunca tiveram, o que acontece, mesmo após a vinda do PAPA de Roma a Lisboa informar este político de que o Bairro da Serafina também é Lisboa, que vergonha. Se é para isto que este político soube pedir o voto aos lisboetas quando dele necessitou, e ao fim do seu mandato, estas velhas alegadas habitações continuam sem obras de reparação, melhoramento ou outras, como podem os lisboetas classificar quem assim finge servi-los, sem se preocupar minimamente com a dignidade habitacional ou falta dela em que os seus munícipes sobrevivem nestes alegados bairros? Só mesmo em Lisboa e com políticos que nunca nada souberam fazer em prol dos cidadãos, preferindo deixá-los morrer em supostas habitações do que atribuir-lhes uma habitação social para evitarem riscos como o que hoje se viveu em Lisboa. Até quando lisboetas?

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