23 ago, 2024 - 00:37 • Marisa Gonçalves com Lusa
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros denunciou esta quinta-feira a falta de recursos humanos nas unidades de saúde da região.
À Renascença, Valter Amorim, o presidente do conselho diretivo da secção regional do centro da Ordem dos Enfermeiros, afirmou que foi registada a média de espera de 11 horas no serviço de urgência geral do hospital de Leiria no pico do inverno, em janeiro passado.
A Secção Regional Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE) realizou uma visita a 21 serviços de urgência (SU) da região Centro no dia 12 de janeiro, num contexto de elevada incidência de infeções respiratórias agudas.
A SRC salientou que a visita, que excluiu as urgências obstétricas, ginecológicas e pediátricas, deparou-se com um tempo de espera médio entre triagem e observação médica em pulseiras amarelas de 11 horas em Leiria. O tempo médio do serviço de urgência era de 83 minutos, sendo que o tempo máximo para observação de pulseiras amarelas é de 60 minutos.
O dirigente afirma que a falta de resposta dos serviços é consequência de uma falta de organização dos serviços e da falta de recursos humanos.
“É uma procura desmesurada dos serviços de urgência. Essa busca desmesurada faz com que os serviços sejam absolutamente incapazes de dar resposta a todas as necessidades genericamente em tempo útil, havendo, claro, listas de espera de horas em utentes com graus de gravidade relevantes e que, por norma, a tendência é piorarem”, declarou.
A Secção Regional Centro da Ordem dos Enfermeiros concluiu também que São João da Madeira e Águeda detêm o pior resultado na relação nas 24 horas do rácio enfermeiro/utente, com cerca de 11 utentes por cada enfermeiro.