18 ago, 2024 - 10:19 • Fábio Monteiro , Isabel Pacheco com Lusa
O incêndio que deflagrou na quarta-feira na Madeira tem três frentes ativas, sendo que conta a partir deste domingo com o apoio dos 76 elementos da força conjunta que veio do continente, informou o Serviço Regional de Proteção Civil.
No
concelho de Câmara de Lobos, cerca de 160 pessoas foram retiradas de casa. Este número foi avançado, este domingo, pelo presidente da autarquia, Leonel Silva, em declarações ao "
Diário de Notícias" da Madeira.
Segundo o ponto de situação às 08:30 as frentes ativas em curso são nas áreas do Curral das Freiras e Fajã das Galinhas, no concelho de Câmara de Lobos, e na Serra de Água, no município contíguo a oeste, Ribeira Bava.
Os incêndios estão a ser combatidos por 120 operacionais de todos os corpos de bombeiros da região, apoiados por 43 veículos e o meio aéreo que já iniciou as operações.
Em declarações à Renascença, o geólogo Domingos Rodrigues alerta para a instabilidade e os perigos que o fogo traz às condições do terreno.
“Estamos a falar de taludes e de zonas muito íngremes, com 200, 300, 400 metros. Portanto, estas arribas, que contém vegetação, quando são sujeitas a incêndio não só têm um processo de queima, mas também de instabilização de rochas que desagregam. Há uma grande instabilidade nestes taludes. Isto quer dizer que, obviamente, deslocar meios humanos para circunstâncias destas é extremamente perigoso”, aponta.
Os 76 elementos da Força Especial dos Bombeiros que chegaram na madrugada de hoje à Madeira, que foram destacados do continente para apoiar o combate aos incêndios, estiveram "nas últimas horas, a fazer reconhecimento e avaliação do teatro de operações" e, nas próximas horas irão "concentrar os seus esforços na zona da Serra de Água".
Também todo o efetivo do Corpo de Polícia Florestal, Sapadores e Vigilantes da Natureza está no terreno, colaborando ativamente no combate ao incêndio.
[Notícia atualizada às 13h.]