Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Groundforce. Trabalhadores convocam greve para 31 de agosto e 1 de setembro

14 ago, 2024 - 15:00 • Lusa

Trabalhadores em protesto, entre outras coisas, pelos salários baixos.

A+ / A-

Os trabalhadores da empresa de "handling" SPdH (Groundforce) convocaram uma greve para os dias 31 de agosto e 01 de setembro, em protesto pelos salários baixos, entre outras reivindicações, segundo um pré-aviso, divulgado esta quarta-feira pelo sindicato Sttamp.

No documento, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (Sttamp) emite um pré-aviso de greve, que abrange todos os aeroportos nacionais, "das 00h00 horas do dia 31 de agosto de 2024, às 24h00 horas do dia 1 de setembro de 2024".

A paralisação foi convocada contra "a existência de vencimentos base inferiores ao salário mínimo nacional", protestando ainda contra "o recurso sistemático a trabalhadores de empresas de trabalho temporário" e o "trabalho suplementar em incumprimento com os limites legais em vigor".

O sindicato refere ainda as "alterações sucessivas de horários à margem das disposições do Acordo de Empresa" e "a forma como decorre o programa de saídas voluntárias, sob ameaça de despedimento coletivo numa empresa em que não há pessoas para trabalhar".

O Sttamp justificou também a greve com o facto de "que mais uma vez, independentemente do motivo ou da origem que fragiliza a empresa" serem sempre "os trabalhadores a pagar a fatura".

Assim, exige a "imediata reabertura de janela negocial que regulamente as tabelas de vencimentos base de modo a que nenhum nível seja inferior ao Salário Mínimo Nacional", a imediata "regulamentação das situações de contratação precária e/ou empresas de trabalho temporário", bem como a "implementação do sistema de horários em regime 4/2" e o reconhecimento e valorização dos "profissionais do "handling" que, diariamente garantem o funcionamento dos aeroportos nacionais".

Segundo o pré-aviso, "os trabalhadores assegurarão os serviços necessários à segurança e manutenção dos equipamentos e instalações" e "a prestação dos serviços mínimos indispensáveis à satisfação das necessidades sociais impreteríveis".

O Sttamp considera que os serviços mínimos em causa passam pela "realização dos voos necessários à satisfação de problemas críticos relativos à segurança de pessoas e bens, nomeadamente, os voos ambulância, os de situações de emergência declarada em voo" e outros semelhantes.

Abrangem ainda os voos de Estado e militares e assegurar para as ilhas, a prestação de trabalho que permita, nos Açores "a primeira aterragem e descolagem na rota entre o Continente e a Região" e na Madeira "a primeira aterragem e descolagem na rota entre o Continente e a Região", assim como "a primeira aterragem e descolagem no voo entre ilhas (Funchal e Porto Santo)".

A Menzies Aviation anunciou em junho ter concluído a aquisição de 50,1% na Groundforce Portugal, mais de um ano após o anúncio do acordo para entrada do novo acionista, em março de 2023.

A TAP pediu em 2021 a insolvência da Groundforce, num processo cuja lista provisória de credores apontava, nessa altura, para cerca de 154 milhões de euros em dívidas. Posteriormente, segundo o plano, as dívidas reconhecidas fixaram-se em 136,2 milhões de euros.

A Menzies prevê um investimento inicial de 12,5 milhões de euros na Groundforce.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+