23 jul, 2024 - 13:45 • Ana Fernandes Silva com Lusa
O secretário-geral da Fenprof garante que, caso "os professores sejam ainda mais pressionados no horário de trabalho e nas suas componentes", serão entregues no Ministério da Educação, a partir do primeiro dia de aulas, três pré-avisos de greve.
Em conferência de imprensa, no Porto, Mário Nogueira defendeu que é preciso esperar para perceber o que vai acontecer em setembro, contudo atribuiu ao Governo um "sinal mais pela recuperação do tempo de serviço dos professores".
O secretário-geral da Fenprof considera que, para já, ainda é cedo para avaliar com nota positiva ou negativa o Ministério da Educação, mas atribui "sinal menos" em relação à não revisão do regime de mobilidade por doença dos docentes que têm doenças incapacitantes".
A revisão do regime de mobilidade era algo que a própria lei previa que fosse alterada este ano, mas o Ministério da Educação depois de "iniciar uma negociação, voltou atrás e travou".
Sobre o novo plano do Governo "+ Aulas + Sucesso", Mário Nogueira diz que "falta ambição" na resolução da falta de professores, "um dos problemas mais graves" na educação.
Apesar de ser o concurso com "o maior número de vagas do século", o secretário-geral da Fenprof alerta que ficaram cinco mil vagas por preencher, o que indica que "a falta de professores continuará a ser um problema no próximo ano letivo", pedindo que sejam tomadas medidas de valorização da profissão para a tornar atrativa.