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Falta de sangue obrigou a adiar cirurgias. Hospital de Santa Maria faz apelo

22 jul, 2024 - 18:17 • Anabela Góis , João Pedro Quesado

Álvaro Beleza revela que grupos A e 0 foram os que tiveram as reservas mais baixas. Situação explica-se com período de férias e tentativa dos hospitais recuperarem os atrasos nas listas de espera.

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As reservas de sangue do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, continuam abaixo do desejável, apesar de uma ligeira melhoria. À Renascença, Álvaro Beleza, diretor do serviço de sangue, revelou que o hospital foi obrigado a adiar cirurgias não urgentes, que entretanto já conseguiu realizar.

"Tivemos que adiar algumas cirurgias programadas, isto é, que não eram urgentes, porque houve uma escassez muito grande, nomeadamente o grupo A e 0, mas o grupo A foi o pior. Foi uma situação difícil", descreveu o médico.

Depois dos apelos feitos, Álvaro Beleza diz que "a situação está ligeiramente melhor", existindo ainda "muita escassez". "Precisamos de apelar às pessoas. Eu tenho sempre um stock de emergência em Santa Maria, entre 50 e 100 unidades, e hoje, por exemplo, A positivo, que é o que estamos com mais dificuldades, temos menos 30 unidades, portanto, estamos numa situação muito difícil", explicou.

Segundo o responsável do serviço de imunohemoterapia, a situação complicada deveu-se a um aumento da "atividade cirúrgica", com os hospitais a "operar muito mais para recuperar listas de espera".

A isso junta-se o período de férias, em que há menos doações, e o pico de infeções de covid-19, "que atingiu também dadores".

"Claro que cria aqui alguns constrangimentos, mas estamos cá para os resolver e para pedir às pessoas, em nome dos nossos doentes, que sejam solidários", sublinhou Álvaro Beleza.

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