30 jun, 2024 - 10:05 • Ana Fernandes Silva
81% dos doentes com cancro foram vistos fora do prazo legal no ano passado.
Os dados do relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) revelam que os pacientes esperaram mais tempo por uma consulta em 2023.
Os tempos de espera continuam a ser uma preocupação para a Entidade Reguladora da Saúde. No início do ano mais de 10.700 pessoas com suspeita ou confirmação de doença oncológica ainda esperavam pela primeira consulta no SNS, pedida pelos centros de saúde.
Quer isto dizer que os atrasos aumentaram em 2023 mais de 11%.
No que diz respeito às cirurgias oncológicas os tempos de espera são menos graves. 22% dos mais de 29 mil doentes operados nos últimos seis meses de 2023 foram sujeitos a tempos de espera superiores ao limite ao seu nível de prioridade.
Já na cardiologia, o tempo máximo de resposta foi ultrapassado em cerca de 92% das consulta no segundo semestre de 2023, com mais de 23.448 utentes a aguardarem a primeira consulta no final deste período.
A ERS divulgou ainda que, na segunda metade de 2023, foram realizadas 589.125 primeiras consultas de especialidade a pedido dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), uma diminuição de 2,6% face ao período homólogo, mas este número não inclui as consultas de cardiologia ou com suspeita ou confirmação de doença oncológica.
O número de utentes em espera para a primeira consulta cresceu 33,8% em 31 de dezembro de 2023, atingindo 778.640