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“Ou há contrapartidas ou não faz sentido” aumentar a taxa da água para os agricultores

25 jun, 2024 - 11:55 • Redação

Luís Mira considera que não é uma taxa, mas sim um imposto por não sobrepor nenhum serviço.

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O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, diz que não faz sentido o aumento do preço da água para os agricultores se não houver nenhuma contrapartida visto que a agricultura foi o setor onde mais se investiu no uso eficiente da água.

“Não faz nenhum sentido num país onde os agricultores são o setor económico onde mais investiu no uso eficiente da água, que utilizam rega gota-a-gota, que utilizam sensores, portanto não faz nenhum sentido que se venha a aumentar essa taxa sem que a mesma não traga contrapartidas” afirmou o secretário-geral da CAP.

Questionado sobre o valor da taxa que os agricultores pagam por metro cubico, Luís Mira afirma que quando a taxa foi instituída as organizações de agricultores podiam apresentar projetos para regularizar os rios e as suas margens.

“Quando a taxa foi instituída foi dito aos agricultores que as suas organizações podiam apresentar projetos e candidaturas para regularização de rios, para trabalhos nas margens. Isso aconteceu, mas nenhuma viu a sua intenção aprovada, portanto há uma taxa que não tem um serviço associado por tanto não é taxa nenhuma, mas sim um imposto”, acrescentou.

Estes comentários surgiram após as propostas de especialistas da área terem defendido uma subida do preço do metro cúbico da água para a agricultura, um dos temas do Da Capa à Contracapa desta terça-feira, que vai para o ar depois das 23h00 na antena da Renascença e que fica disponível em podcast ao final da tarde.

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