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Presidente do Instituto de Gestão Financeira da Educação demite-se após ser alvo de fraude

19 jun, 2024 - 15:59 • Pedro Mesquita, com Lusa

Estão em causa três transferências bancárias, que totalizam 2,5 milhões de euros, realizadas em junho para o pagamento a uma empresa que presta serviços informáticos, tendo as verbas sido transferidas para a conta de outra entidade.

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O presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE) apresentou a demissão depois de a instituição ter sido alvo de fraude, informou esta quarta-feira o Ministério da Educação.

Em comunicado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) refere que José Manuel Passos apresentou o pedido de demissão para "preservar a credibilidade e prestigio institucional do IGeFE" na sequência de uma fraude.

Estão em causa três transferências bancárias, que totalizam 2,5 milhões de euros, realizadas em junho para o pagamento a uma empresa que presta serviços informáticos, tendo as verbas sido transferidas para a conta de outra entidade.

"Tendo-se apercebido que a empresa que tinha prestado os serviços não estava a receber os pagamentos, o IGeFE apresentou de imediato uma denúncia à Polícia Judiciária, que se encontra a investigar o caso", refere o comunicado.

O Ministério acrescenta que ordenou a abertura de um inquérito interno e que foram afastados outros dirigentes com responsabilidades no processo, sem precisar.

Até à nomeação do novo presidente do Conselho Diretivo, mantêm-se em funções os atuais vice-presidente, Edgar Romão, e vogal, Carlos Almeida de Oliveira.

Em declarações à Renascença, o antigo coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança diz que "é preciso muito cuidado nas transferências bancárias e noutras operações que envolvam dinheiro". Sobre a fraude de 2,5 milhões de euros de que IGeFE foi alvo, Pedro Veiga disse que o Banco de Portugal "saberá" quem recebeu o dinheiro.

"Acontece, é preciso um cuidado enorme, serem transmitidos IBANs falsos e, portanto, a entidade, em vez de enviar o dinheiro para um IBAN legítimo, enviar para um IBAN falso", declara Pedro Veiga.

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