10 jun, 2024 - 02:58 • Cristina Nascimento
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Foram os primeiros a chegar e foram os que fizeram maior festa no fim. Os jovens apoiantes da CDU garantiram que a sala estava sempre composta, agitaram bandeiras, ouviram as intervenções, bateram palmas e, no fim, dançaram “A Carvalhesa”.
E esse momento, poderá dizer-se, representa a satisfação de comunistas e verdes.
O resultado, de 4%, representa uma redução da representação do PCP no Parlamento Europeu. Este é o copo meio vazio. Mas o resultado, de 4%, representa a manutenção do PCP no Parlamento Europeu. Este é o copo meio cheio.
No discurso que fechou a noite eleitoral, Paulo Raimundo admite que o resultado que tiveram “não corresponde aquilo que precisávamos”, mas lembrou que, ao contrário do que muitos vaticinavam, continuam presentes no Parlamento Europeu.
“Foi um esforço muito grande, mas valeu a pena”, assegura o secretário-geral comunista.
E com o alento deste resultado, Raimundo garante que há razões para estarem satisfeitos e com redobrada força para “amanhã continuar a lutar pela defesa do povo, dos trabalhadores e da paz”.
Esta foi a segunda batalha eleitoral de Paulo Raimundo enquanto secretário-geral comunista. Esta noite foi mais feliz que a das legislativas, quando o PCP viu emagrecer a bancada parlamentar de seis para quatro deputados.
O partido não se livrará dos reparos que o PCP é o partido que nunca perde as eleições, mas esta noite, além dos discursos, efetivamente dançou-se “A Carvalhesa”, os sorrisos eram muitos e a promessa de que “a luta continua”.