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​Alexandra Leitão: "O PS não vai criar instabilidade desnecessária"

10 jun, 2024 - 11:00 • Sérgio Costa

Na leitura dos resultados das eleições europeias, a líder parlamentar do PS sublinha que o partido está num plano de exigência, mas sem criar instabilidade. Eventual apoio à recondução e Von der Leyen em Bruxelas fica para mais tarde

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“Exigência, responsabilidade e diálogo”. Estas são palavras-chave da leitura socialista ao resultado das eleições europeias que traduz uma vitória do PS com pouco mais de 38 mil votos de vantagem sobre a AD.

Em declarações à Renascença, na manhã desta segunda-feira, a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, lamenta o que diz ter sido a estratégia do governo de “nacionalizar” a campanha pelo que, acrescenta, a vitória tem um significado especial. Para a deputada socialista, apesar da “precipitação pouco amadurecida do governo” em fazer anúncios, os “portugueses souberem distinguir”.

Questionada sobre as consequências dos resultados das europeias na vida política nacional, Alexandra Leitão garante que “o PS não vai criar instabilidade desnecessária” porque é um partido responsável, mas garante que reforça o plano de exigência para com o governo de quem espera diálogo. A líder parlamentar socialista rejeita, entretanto, leituras que associam o PS ao Chega na atividade parlamentar, sublinhando que o PS vai continuar a fazer as propostas que entende necessárias.

No plano europeu, Alexandra Leitão congratula-se com o apoio manifestado pelo governo a uma eventual candidatura do ex-primeiro-ministro António Costa ao Conselho Europeu, mas recusa, por agora, adiantar se os socialistas apoiarão a recondução de Ursula Von der Leyen na Comissão Europeia. Nestas declarações à Renascença, a líder da bancada parlamentar do PS lembra que num primeiro momento a líder do executivo comunitário “teve um movimento de pedir apoio à extrema direita”, mas, apesar do aparente recuo, é “matéria ainda para analisar”, conclui.

Num olhar sobre os resultados globais na Europa, Alexandra Leitão manifesta “forte preocupação” com a vitória da extrema-direita em França e a votação expressiva da AfD na Alemanha. Cenário, conclui, que obriga a um forte combate político que “pode passar por entendimentos” ao centro.

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