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Marcelo lembra "tragédia" dos incêndios de 2017 e cumprimenta manifestantes pró-Palestina

08 jun, 2024 - 19:34 • Lusa

Presidente da República não comentou guerra no Médio Oriente e diz que objetivo das comemorações do 10 de junho passa por lembrar a "dupla tragédia" dos incêndios de 2017 e projetar o futuro.

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O Presidente da República afirmou este sábado que um dos objetivos das comemorações do Dia de Portugal, que se iniciam este sábado à noite em Pedrógão Grande, é lembrar a "dupla tragédia" dos incêndios de 2017 e projetar o futuro.

Marcelo Rebelo de Sousa fez estas breves declarações aos jornalistas na Feira do Livro de Leiria, onde foi recebido por manifestantes (alguns com megafones) que lhe pediram o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal. O chefe de Estado cumprimentou vários dos manifestantes, mas não fez qualquer comentário de ordem política.

Aos jornalistas, o Presidente da República afirmou que o objetivo das comemorações do Dia de Portugal deste ano "é chamar a atenção para o que foi a dupla tragédia de junho e outubro de 2017".

"Por outro lado, uma preocupação de futuro, o que já mudou e o que é preciso mudar. Portanto, vai ser um conjunto de dias, até segunda-feira, em vários concelhos", disse.

As comemorações do Dia de Portugal em território nacional vão realizar-se em três concelhos de Leiria afetados pelos incêndios de 2017 -- Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera -- e em Coimbra, sem comissão organizadora nomeada.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que alastrou a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e mais de 250 feridos, sete dos quais graves, destruiu meio milhar de casas e 50 empresas.

Nas breves declarações que fez aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa apontou, também, que na Feira do Livro de Leiria aproveitou para comprar vários livros que não teve a possibilidade de adquiri-los na Feira do Livro de Lisboa, entre os quais uma biografia de Jorge Palma e dois para crianças.

Em Leiria, o Presidente da República fez uma primeira visita imprevista à Feira do Livro de Leiria ao início da tarde, altura em que, segundo testemunhas, mas sem a presença da comunicação social, comprou esses livros e assistiu à leitura de um conto para crianças.

Estas serão as primeiras comemorações do Dia de Portugal que Marcelo Rebelo de Sousa irá assinalar com o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, com quem estará, depois, na Suíça, a partir de terça-feira, 11 de junho, junto de comunidades emigrantes portuguesas.

Segundo a Presidência da República, as comemorações oficiais têm início no domingo de manhã, no Memorial de Homenagem às Vítimas dos Incêndios Florestais de 2017, com a cerimónia do içar da bandeira nacional, seguida de homenagem às vítimas dos incêndios florestais de 2017. Ao fim da manhã, será celebrada uma missa em Figueiró dos Vinhos dedicada às vítimas".

Ainda no domingo, "durante a tarde, em Castanheira de Pera, decorre a apresentação de cumprimentos do corpo diplomático ao Presidente da República, seguida de receção" e de noite haverá "um concerto e um espetáculo multimédia na Praia das Rocas, em Castanheira de Pera".

No dia 10 de Junho, segunda-feira, realiza-se em Pedrógão Grande a Cerimónia Militar Comemorativa do Dia de Portugal, em que o Presidente da República irá discursar, e "na qual participam mais de 1.300 militares dos três ramos das Forças Armadas".

A seguir, "o Presidente da República, acompanhado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, parte para Coimbra para as celebrações dos 500 anos de Camões".

As celebrações do quinto centenário do nascimento do poeta Luís Vaz de Camões têm início neste 10 de Junho, dia da sua morte, e a cerimónia inaugural, na Universidade de Coimbra, foi incluída no programa de comemorações oficiais do Dia de Portugal.

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