11 jun, 2024 - 06:48 • Lusa
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou esta terça-feira que chegou à Alemanha para se reunir com o chanceler alemão, Olaf Scholz, para participar numa conferência de reconstrução da Ucrânia.
"Scholz e eu discutiremos mais ajuda em matéria de defesa, a expansão do sistema de defesa aérea da Ucrânia e a produção conjunta de armas. Coordenaremos as nossas posições antes da Cimeira da paz, o Conselho europeu e a Cimeira da NATO", indicou.
Zelensky acrescentou que durante a visita ao país também manterá um encontro com o Presidente, Frank-Walter Steinmeier, e com a presidente do Bundestag (Câmara baixa do parlamento alemão), Barbel Bas. Também visitará uma base militar onde estão a ser treinados militares ucranianos.
Na conferência de reconstrução, o líder ucraniano frisou que a sua "máxima prioridade" face "ao terrorismo aéreo da Rússia" será encontrar "soluções urgentes para o setor energético da Ucrânia".
"UCR2024 reunirá governos, dez deles a nível de primeiros-ministros, assim como empresas e organizações, para ajudar a Ucrânia", indicou.
No próximo fim de semana, a Suíça vai acolher uma conferência de paz sobre a Ucrânia à qual vão assistir delegações de cerca de 90 países e organizações (num total de 160 países convidados), apesar de a Rússia não ter sido incluída e estando desta forma afastado um eventual acordo de paz.
As autoridades suíças sublinharam que a cimeira pretende "fornecer uma plataforma de diálogo sobre os caminhos a seguir para uma paz total, justa e duradoura baseada no direito internacional e na Carta das Nações Unidas", "promover um entendimento comum sobre um possível prazo para esse objetivo" e "definir em conjunto um 'roteiro' sobre a forma de envolver as suas partes num futuro processo de paz".
A segurança da cimeira será da responsabilidade do cantão de Nidwalen e contará com o envio de 4.000 militares com diversas missões complementares.
A Ucrânia tem garantido uma substancial ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.