08 jun, 2024 - 23:21
Para que o Plano para a Imigração funcione, é necessário um "esforço grande por parte do Estado" e a colaboração “das organizações da sociedade civil e dos municípios”.
O alerta é deixado na Renascença pelo diretor-geral do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), que considera positivo o facto de o Governo não ter acabado com a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA).
Ainda assim, André Costa Jorge defende que a “AIMA tem que funcionar no reforço dos meios humanos e no reforço dos meios tecnológicos que permitam o acelerar de processos” para que “não haja pendências na ordem dos milhares e que colocam em suspenso a vida das pessoas vários anos”.
“Temos pessoas há espera dois, três e quatro anos para que o Estado dê resposta às suas várias situações e à sua regularização”, acrescenta.
André Costa Jorge reconhece que o Plano do Governo reflete “o resultado de uma auscultação dos parceiros, da sociedade civil e das associações de imigrantes”.
O diretor-geral da JRS considera positivo o facto de o Governo, neste plano “se ter afastado dos discursos populistas que pretendem associar a imigração à criminalidade”.
Ainda assim, André Costa Jorge mostra-se preocupado com a eliminação da figura da manifestação de interesse que em seu entender “pode promover as situações de irregularidade e desproteção social”.