10 jun, 2024 - 08:00
Todo ouvimos falar do penálti à Panenka, mas poucos conhecemos o exato momento em que nasceu essa forma inusitada de enganar o guarda-redes com a bola parada a 11 metros da linha de baliza.
Foi na final da quinta edição dos Campeonatos da Europa que nasceu o famoso pontapé. Mas já lá vamos. Antes, importa lembrar que esse Europeu de 1976, que teve Dieter Muller como melhor marcador, foi realizado na antiga Jugoslávia, com apenas quatro seleções na fase final. No fundo, duas meias-finais e curiosamente ambas vão a prolongamento, com a Checoslováquia a eliminar os Países Baixos e a então República Federal da Alemanha a afastar a equipa da casa, a Jugoslávia.
Checos e germânicos avançam para a final e encontram-se no estádio do Estrela Vermelha, em Belgrado, a 20 de junho de 1976.
Os alemães, treinados por Helmut Schon, são favoritos, mas a Checoslováquia, treinada pelo eslovaco Václav Ježek, chegou ao 2-0 e acabou por impor um inesperado empate a dois.
A final vai para penaltis.
Conta-se que Jezek preparou a equipa para esse momento crítico, pedindo aos espectadores que assistiam aos treinos para assobiarem os seus jogadores enquanto estes praticavam a marcação de penáltis. E a coisa resultou...
É após Uli Hoeness atirar por cima da barra o quinto pontapé da RFA que Antonín Panenka engana o guarda-redes Sepp Maier, com uma corrida prolongada antes de, com subtileza, lhe picar a bola por cima.
Assim nasce o penalti à Panenka.
Os checos são campeões.
Panenka vem mais tarde dizer que percebeu que essa era a forma mais fácil de marcar um penálti, mas a verdade é que muitos tentam e falham. O génio faz toda a diferença.