07 jun, 2024 - 08:00 • Luís Aresta
A 17 de março de 2020 foi anunciado o adiamento do Campeonato da Europa para 2021 por causa da pandemia de covid-19.
“A saúde de todos os envolvidos no jogo é a prioridade, assim como evitar qualquer pressão desnecessária nos serviços de saúde pública dos locais onde decorrem os jogos”, argumentou então a UEFA.
O Campeonato da Europa estava planeado para decorrer em 12 cidades. Seria uma forma romântica de assinalar o 60.º aniversário do torneio com a edição inaugural em 1960. O coronavírus trama-nos a todos e a UEFA adia o Europeu.
O formato mantém-se entre 11 de Junho e 11 de Julho de 2021, a coincidir com a Copa América, que também tinha sido adiada.
Por essa altura já a covid-19 deveria ter dado tréguas. Apesar de não ser bem assim, a três meses da competição a UEFA levanta a limitação de 30% de público nos estádios e remete a decisão para as autoridades locais de cada país.
Roma é das últimas cidades a confirmar que será cidade-sede após garantir à UEFA que as bancadas estarão minimamente preenchidas.
O Estádio Olímpico de Roma comporta mais de 70 mil espectadores, mas apenas 12.445 assistem à vitória da Itália sobre a Suíça na estreia das duas seleções na competição.
Três dias depois, em Munique, não chega a 13 mil o número de espectadores que presenciam a derrota de Portugal com a Alemanha.
E seria sempre assim em Bilbau, Baku, São Petersburgo, Dublin, Amesterdão, Budapeste, Glasgow, Copenhaga e Bucareste, tudo por causa da maldita pandemia.
A final de Wembley é uma exceção, com 67 mil nas bancadas. A maioria das testemunhas estavam na expetativa de que a Inglaterra quebrasse finalmente o enguiço...
Mas não foi assim.
Foi a Itália que venceu nos penáltis e se sagrou pela segunda vez campeã da Europa.