04 jun, 2024 - 08:00 • Luís Aresta
Campeã da Europa em 1964, com Franco no poder e Villalonga selecionador, a Espanha viria a passar por uma longa seca de títulos. Foram 44 anos sem ganhar, para ser mais exato.
Em 1984, os espanhóis estiveram perto de festejar, mas perderam a final com a famosa França de Platini que tinha deixado Portugal pelo caminho as meias-finais.
A terceira final para a Espanha só chega em 2008, sob o comando de Luis Aragonés, para finalmente repetir o feito de 1964. Antes do jogo do título, os espanhóis deixaram pelo caminho os russos (ex-União Soviética) contra quem tinham sido campeões 44 anos antes.
A final de 2008, em Viena, foi com a Alemanha. A Espanha foi campeã graças a um único golo de Fernando Torres. Seria o então avançado do Liverpool a resolver, na ausência do lesionado David Villa, o melhor marcador desse Europeu com cinco golos.
Era uma Espanha de luxo, a de 2008, com a veia goleadora de Villa e Torres, acompanhada da segurança defensiva de Casillas, Puyol e Sergio Ramos, e de um meio-campo que dá música aos adversários sob a batuta de Iniesta.
É a mesma Espanha que, dois anos depois, na África do Sul, se sagra campeã do mundo frente aos Países Baixos, sob o comando de Vicente del Bosque, e que, em 2012, tem a oportunidade de revalidar o título europeu.
Desta vez a final foi em Kiev, coisa que nos tempos que correm seria impossível de acontecer, e é com Pedro Proença como árbitro que a Espanha ergue pela terceira vez a taça Henri Delaunay, após golear a Itália por 4-0.
A vingança italiana chega em dose dupla nos Europeus seguintes. Em 2016, a Itália não permite sequer que os espanhóis passem a fase de grupos. E no último Europeu, os italianos afastaram a Espanha antes de festejarem o título em Wembley.
Espanhóis e italianos voltam a estar olhos nos olhos no Euro2024, no Grupo B. Veremos quem ri no fim…