24 mai, 2024 - 08:00
1 de julho de 2012. Estádio Olímpico de Kiev.
Pedro Proença torna-se no primeiro e único árbitro português a dirigir, até hoje, uma final de um Campeonato da Europa. A época começara atribulada para o juiz lisboeta, agredido num centro comercial junto ao Estádio da Luz.
O incidente é notícia cá e lá fora, mas não impede Proença de, em maio de 2012, ver o seu nome anunciado pela UEFA para a final da Liga dos Campeões entre o Bayern de Munique e o Chelsea.
Segue-se o Europeu, com estreia a 14 de junho, em Gdansk, na Polónia, na segunda jornada do Grupo C: num jogo fácil, a Espanha, campeã europeia e mundial, goleia por 4-0 a República da Irlanda. Depois, Pedro Proença viaja para Kiev e orienta o França - Suécia, da terceira e última jornada do Grupo D; os escandinavos, já eliminados, vencem por 2-0. Segue-se nos quartos de final o empate a zero, de novo em Kiev, entre Inglaterra e Itália, que cairia para os italianos no desempate por penaltis.
A UEFA reconhece o bom desempenho do juiz português e nomeia-o para a final.
Pedro Proença já conhece bem a casa, quando a 1 de julho de 2012 entra no Estádio Olímpico de Kiev, à frente das seleções de Espanha e Itália.
Também inscrevem o nome na final os auxiliares Bertino Miranda e Ricardo Santos, bem como Jorge Sousa e Duarte Gomes, como árbitros de baliza.
Não há relato de casos. Pedro Proença exibe cartões amarelos a Gerard Piqué e ao italiano Andrea Barzagli. A Espanha bate a Itália por 4-0 e repete o título de campeã da Europa.
Um mês depois, pela primeira vez após a final do Europeu, Pedro Proença fala aos jornalistas em Alverca do Ribatejo
O ponto final na carreira dá-se em 2015, três anos depois da final de Kiev e de Pedro Proença ter sido considerado o melhor árbitro do mundo.