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"Histórias do Europeu"

As seleções que vão ver o torneio do sofá: o episódio 8 do “Histórias do Europeu”

23 mai, 2024 - 08:00 • Luís Aresta

Neste oitavo episódio, o jornalista Luís Aresta resume a lista de ausentes (onde anda a famosa Bulgária?, senhores). A Renascença conta-lhe as glórias e as desventuras dos Campeonatos da Europa de futebol. De 1960 aos dias de hoje… há de tudo: lendas, vitórias épicas, derrotas inesperadas, golos especiais e episódios memoráveis!

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As seleções que vão ver o torneio do sofá: o episódio 8 do “Histórias do Europeu”

Ter um lugar entre 24 seleções num Europeu sempre é mais fácil do que ter num torneio de oito. Ou de 16, como aconteceu em tempos idos.

Ainda assim, com 24 vagas, há quem fique de fora e o Campeonato da Europa deste verão, na Alemanha, fala por si. Ora vamos lá falar de ausentes.

A Bulgária que nos anos 90 brilhou com Stoichkov já não se apura para um Europeu desde que viajou até Portugal, em 2004. Os búlgaros têm ido de mal a pior: neste último apuramento não ganharam um único jogo e até perderam com Lituânia e Montenegro. Resultado: quatro pontos, resultado de quatro empates, e o último lugar do Grupo G.

A Islândia, que no França 2016 chegou aos quartos de final deixando pelo caminho a Inglaterra, e que dois anos depois até empatou com a Argentina no Mundial da Rússia, volta a falhar um Euro depois de já não ter marcado presença em 2021. Desta vez, os islandeses, que estavam no grupo de Portugal, não foram além do quarto lugar, atrás do Luxemburgo. Ainda foram aos play-off, mas acabaram por cair diante da Ucrânia.

O País de Gales, que ainda há pouco tempo impressionava (e de que maneira!) sob a liderança de Gareth Bale, também está fora. Os galeses procuravam a terceira presença consecutiva em fases finais de Europeus (quem se lembra daquela meia-final contra Portugal em 2016?), mas foram apenas terceiros no Grupo D de classificação, atrás de Turquia e Croácia. Nos play-off ultrapassaram a Finlândia, mas no jogo decisivo, em Cardiff, após 120 minutos sem golos, Daniel James permitiu que o guarda-redes da Polónia, Szczesny, fosse o herói ao defender o quinto e decisivo penálti da noite.

Outro ausente na Alemanh: a Noruega. Os noruegueses tentavam regressar a um Europeu duas décadas depois da geração de Solskjaer. Duas derrotas com a Espanha e uma com a Escócia deixaram Erling Haaland e os restantes vikings noruegueses no terceiro lugar do Grupo A. O mau desempenho da Noruega na Liga das Nações impediria a repescagem para os play-off. Por ironia, a Geórgia que foi quarto no mesmo grupo acabou por se apurar e será adversária de Portugal no próximo dia 26 de junho, em Gelsenkirchen.

Se não fosse a estreante Geórgia, seria a Grécia, eliminada pelos georgianos num play-off em Tbilisi, decidido da marca dos 11 metros. O título de campeões da Europa frente a Portugal está a a fazer 20 anos. Os gregos estiveram nos anos seguintes em mais dois Europeus e dois Mundiais, com Fernando Santos ao barulho e tudo, mas desde 2014 que dura o apagão. O último Campeonato da Europa em que estiveram presentes foi em 2012 e precisamente sob o comando do treinador português. Desta vez estiveram muito perto do regresso, apesar do terceiro lugar num grupo difícil em que França e Países Baixos garantiram o apuramento direto.

Se há ausente de peso no Euro 2024, chama-se Suécia. De 1992 para cá, os suecos só tinham falhado a fase final do Campeonato da Europa em 1996. Depois de seis presenças consecutivas, o alarme já tinha soado em Estocolmo quando a Suécia falhou o apuramento para o último Campeonato do Mundo. A campanha para o Europeu só viria a confirmar a decadência do futebol sueco, no terceiro lugar do Grupo F de apuramento, atrás de Bélgica e Áustria.

Só falta falar da Rússia, a pagar a fatura da suspensão decretada pela UEFA na sequência da invasão da Ucrânia. Desde 2004 que a Rússia não falhava um Europeu, uma competição em que até é a primeira vencedora. Em 1960, o futebol soviético voou alto, muito alto, com Lev Yashin na baliza. Nos tempos que correm, a Rússia tem de se contentar em manter a forma com algumas partidas particulares, pois está impedida de disputar qualquer jogo oficial.

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