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EUA autorizam uso de armas contra alvos na Rússia. Quais são as consequências?

31 mai, 2024 - 08:32 • André Rodrigues

O Presidente norte-americano terá dado luz verde à utilização de armamento dos EUA apenas junto à frente de combate da cidade ucraniana de Kharkiv, próxima da fronteira com a Rússia.

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É uma notícia a marcar as últimas horas: a Ucrânia já pode utilizar armamento dos contra alvos em solo russo. Joe Biden acaba por ceder à pressão de Kiev, numa altura em que o leste da Ucrânia está a ser alvo de intensos ataques por parte da Rússia.

Que consequências é que isto pode ter?

Essa é a grande pergunta nesta altura.

Ainda não é conhecida uma reação por parte da Rússia a este mais recente desenvolvimento, esta questão do uso de armas ocidentais em território russo, que tem dividido os países da NATO.

Aqueles que estão mais perto da fronteira com a Rússia mostram-se favoráveis ao uso do equipamento militar fornecido à Ucrânia, porque também se sentem mais ameaçados.

Mas outros países, como por exemplo a Itália, já disseram que proíbem o uso das armas fornecidas à Ucrânia contra alvos dentro da Rússia.

Essa era, também, a posição dos Estados Unidos. O que mudou?

Esta posição norte-americana, apesar de não ser pública, vai ao encontro do apelo feito pelo secretário-geral da NATO. E é bastante significativa, uma vez que os EUA são o principal fornecedor de armamento à Ucrânia.

Na reunião de chefes da diplomacia da Aliança Atlântica que esta sexta-feira termina em Praga, Jens Stoltenberg pediu aos Aliados que revejam as restrições colocadas ao armamento ocidental usado em território russo.

Mas porquê, isso não nos deixa à beira de um confronto direto com a Rússia?

É uma possibilidade e, por isso mesmo, vários países consideram que autorizar a Ucrânia a atacar posições em território russo com armamento ocidental poderia ser interpretado como uma intervenção direta do Ocidente no conflito e levar a uma escalada.

Mas o secretário-geral da NATO entende que o conflito é dinâmico. A Rússia está a bombardear a região de Kharkiv, não com uma invasão, de facto, mas usando o seu próprio território para atacar o nordeste da Ucrânia.

O objetivo desta autorização norte-americana é, precisamente, evitar ataques russos, como o que ocorreu - mais um na última madrugada - e que resultou em três vítimas mortais na cidade de Kharkiv.

E qual é a posição de Portugal neste tema?

A pergunta foi feita ao ministro da Defesa e Nuno Melo defende diz apoiar o uso de armamento ocidental para destruir peças de artilharia em solo russo. Contudo, fez questão de sublinhar que esta é uma opinião sua e que não vincula o Governo.

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