04 jun, 2024 - 13:30 • Olímpia Mairos , com redação
O presidente da Câmara de Lisboa considerou, esta terça-feira, que “depois de tantos terem duvidado, o impacto económico da Jornada Mundial da Juventude é uma boa notícia”.
Carlos Moedas recebeu esta manhã D. Américo Aguiar para a apresentação de contas da JMJ.
Segundo a agência Ecclesia, que cita uma nota da autarquia, além do relatório e contas da Fundação, nesta apresentação foi também abordada “a questão do impacto económico do evento, que decorreu na cidade entre os dias 1 e 6 de agosto de 2023”.
Segundo um estudo do ISEG, o evento gerou 370 milhões para a economia portuguesa.
Já sobre os mais de 31 milhões de euros de lucro da Jornada ainda não têm destino concreto, mas o autarca Carlos Moedas espera que sejam destinados sobretudo à capital.
“Foi aqui que fizemos a maior parte do investimento, seja também a maior parte desse investimento [feito] na cidade e, sobretudo nos jovens da nossa cidade que tanto precisam”, disse Moedas.
O autarca sublinhou ainda que “a notícia, aqui, é sobretudo o impacto económico disto tudo, quando tantos duvidaram. E, portanto, aqui temos uma entidade que é o Instituto Superior de Economia e Gestão - o ISEG - totalmente neutral, independente que vem trazer estes números e, portanto, é importante porque governar uma cidade ou um país é também prestar contas”.
A Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, responsável pela organização do evento que trouxe o Papa Francisco a Portugal, encerrou as contas o ano passado com um saldo positivo de mais de 35 milhões de euros.
Segundo comunicado da fundação, “o valor angariado será, posteriormente, aplicado no desenvolvimento de projetos de apoio a jovens nos concelhos de Lisboa e Loures”. Questionado pelos jornalistas, o cónego Alexandre Palma, que a partir de julho substituirá o cardeal D. Américo Aguiar como presidente da Fundação JMJ, disse que a organização continuará a centrar a sua atividade na infância e na juventude, e admitiu que a educação, a cultura e a pastoral poderão ser áreas a privilegiar.
“Depende das solicitações e do diálogo a estabelecer com os parceiros”, referiu.