Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos pede discussão da revogação da eutanásia

13 mar, 2024 - 11:42 • Redação

A presidente da APCP, Catarina Pazes, defende que Portugal não tem condições na saúde "para uma escolha livre e autónoma” sobre fim da vida.

A+ / A-

A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) quer “discussão no novo parlamento” sobre revogação da lei da eutanásia.

A presidente da APCP, Catarina Pazes, disse à Renascença que ainda existem muitos portugueses “sem acesso a cuidados de saúde de qualidade” e que, dessa forma, “não há condições para uma escolha livre e autónoma” relativamente a como o doente quer terminar a vida.

“O acesso a cuidados paliativos significa muito mais do que ter uma equipa na região onde se vive. Significa ter acesso a essa equipa e que existam as condições necessárias para prestar os cuidados precisos. E que seja eficiente, seja atempada, que chegue no momento certo em que o doente e a família precisam”, afirma Catarina Pazes.

A presidente da APCP garante que há “falta de formação nos cuidados paliativos” e que muitas equipas não têm condições para prestar cuidados, nomeadamente “ao nível de tempo e de quantidade de profissionais”.

Por todas estas razões, Catarina Pazes espera que, pelo menos, “seja aberta a porta” para um debate sobre a revogação da lei da eutanásia, no próximo quadro parlamentar.

Espero que haja uma discussão muito séria, muito honesta, sobre o que está em causa. Penso que estamos todos de acordo que a autonomia deve ser um valor muito importante a ter em conta, mas a autonomia e a liberdade para escolher implica condições que o país não tem.”

A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos expõe ainda que não há dados concretos sobre quantos portugueses não têm acesso a cuidados paliativos, uma vez que nunca foi realizado um estudo, mas que “é um número muito elevado”.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+