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Decretados serviços mínimos para greve dos professores às avaliações

06 jun, 2023 - 23:32 • Ricardo Vieira

O colégio arbitral decidiu ainda serviços para a prova final de Matemática do 9.º ano.

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Foram decretados serviços mínimos para a greve dos professores às avaliações do 9.º, 11.º e 12.º anos. A informação foi divulgada esta terça-feira à noite.

O colégio arbitral decidiu ainda serviços para a prova final de Matemática do 9.º ano, marcada para dia 16 deste mês, nomeadamente a existência de dois professores vigilantes, por cada sala, e um professor coadjuvante.

Na greve às avaliações do 9.º, 11.º e 12.º anos, será ainda obrigatório disponibilizar aos conselhos de turma as propostas de avaliação resultantes da sistematização, ponderação e juízo sobre os elementos de avaliação de cada aluno; e a realização pelos conselhos de turma das reuniões de avaliação interna final, garantindo o quórum mínimo e necessário.

Em causa estão as greves convocadas pelo STOP e pela plataforma de nove sindicatos, formada por Fenprof, FNE, Sindep, ASPL, Pró-Ordem, SEPLEU, Sinape, SIPE e SPLIU.

O ministro da Educação, João Costa, disse no sábado passado que as greves dos professores decretadas para durante os exames nacionais e as avaliações finais colocam em causa a escola pública.

"Desejamos é que o ano letivo termine com uma tranquilidade que é devida a todos os alunos, até porque nós já estamos a chegar a um momento em que os que estão a ser mais prejudicados são aqueles que dependem mesmo da escola pública, são os que não têm dinheiro para pagar explicações, são os que não têm outros estímulos. É a essência da escola pública que está a ser posta em causa por estas greves sucessivas", disse João Costa.

Esta terça-feira, milhares de professores manifestaram-se em Lisboa para exigirem a recuperação do tempo de serviço congelado: seis anos, seis meses e 23 dias.

O protesto, organizado pela plataforma de nove organizações de professores, aconteceu no mesmo dia em que os docentes realizaram uma greve nacional.

Segundo as listas da Caixa Geral de Aposentações, publicadas esta terça-feira em Diário da República, no próximo mês de julho aposentam-se 291 professores e educadores. Contas feitas, desde o início do ano quase dois mil docentes deixam a escola pública.

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  • José da Costa Ferrei
    08 jun, 2023 Braga 9 07:38
    Para resolver o problema só eram necessários mais 2 ou 3 André Pestana e menos Mário Nogueira.
  • Cidadao
    07 jun, 2023 Lisboa 08:40
    Exato, "colégio arbitral". Não é um tribunal embora TV e outros órgãos de comunicação social lhe chamem isso. É um colégio arbitral onde o governo é sempre maioritário e a presença dum elemento afeto aos sindicatos, só serve para tapar o sol com a peneira, de que há "democracia e paridade" naquele orgão. São sempre 2 contra um, por muita razão que tenham os sindicatos.
  • Sindico
    07 jun, 2023 5 de out 08:19
    Serviços "mínimos" que obviamente serão "máximos" e tão ilegais como os outros eram. A contestação seguirá para Tribunal e embora a decisão venha tardia, está na mão da classe docente decidir se quer continuar a ser ovelha, ou dá um murro na mesa e mostra o dedo do meio ao ministro. E venham de lá os processos disciplinares e as faltas injustificadas: tudo isso cairá quando os Tribunais a sério se decidirem pela ilegalidade. Serão apenas mais uns diretores-PS e "árbitros" colegiais a irem fazer companhia em Tribunal, aos outros que já lá estão.

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