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Easyjet revê em baixa adesão à greve para 60%, mas sindicato mantém participação "total"

26 mai, 2023 - 19:48 • Lusa

O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, manteve em 100% a adesão dos trabalhadores à greve e remeteu para os 386 voos cancelados depois do anúncio do pré-aviso de greve.

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A easyJet estimou esta sexta-feira, ao final da tarde, que 40% dos trabalhadores escalados se apresentaram ao serviço no primeiro dia de paralisação, um número contestado pelo sindicato dos tripulantes de cabine, que afirma que a adesão se manteve nos 100%.

Fonte oficial da companhia aérea disse à Lusa que, até à tarde, cerca de 40% dos tripulantes escalados para trabalhar hoje compareceram ao serviço nos respetivos aeroportos, depois de na manhã ter estimado este indicador nos 30%.

Estes números reduzem assim a taxa de adesão à greve de 70%, na manhã, para 60% no final da tarde do primeiro dia de greve, segundo a companhia.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, manteve em 100% a adesão dos trabalhadores à greve e remeteu para os 386 voos cancelados depois do anúncio do pré-aviso de greve.

"O balanço é muito simples de fazer. A empresa cancelou logo 386 voos desde que nós fizemos o pré-aviso de greve, portanto, podemos dizer que a empresa assumiu que a greve ia ter um impacto considerável e que, neste momento, excetuando os serviços mínimos, a greve foi uma adesão total", disse Ricardo Penarroias, que acrescentou que não percebe os números avançados pela empresa.

Dezenas de tripulantes de cabine da easyJet estiveram hoje concentrados junto ao terminal 1 do aeroporto de Lisboa para pedir melhores condições de trabalho, no primeiro de cinco dias de greve, que levaram a empresa a cancelar previamente 386 voos.

Na ocasião, e em declarações aos jornalistas, o presidente do SNPVAC insistiu que a empresa tem vindo ao longo dos anos a aproximar-se das exigências dos trabalhadores noutros países, mas não em Portugal.

A greve dos tripulantes de cabine da easyJet teve início hoje e repete-se nos dias 28 e 30 de maio e 01 e 03 de junho.

A paralisação abrange "todos os voos realizados pela easyJet", bem como os "demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos", cujas "horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00h01 e fim às 24h00 de cada um dos dias" mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.

Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado "extremamente desapontada" com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% "impraticável", e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.

Num comunicado no dia 19 de maio, o SNPVAC garantiu que "a easyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados".

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