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Quem eram as vítimas mortais do ataque no Centro Ismaili?

28 mar, 2023 - 22:20 • Marta Pedreira Mixão

As duas mulheres trabalhavam no centro ismaelita, em Lisboa.

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Duas mulheres morreram, esta terça-feira, num ataque no Centro Ismaelita, em Lisboa. Farana Sadrudin e Mariana Jadaugy são os nomes das duas vítimas do esfaqueamento, que trabalhavam no centro.

Mariana Jadaugy, tinha 24 anos. Era licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa e com mestrado em Ciências Humanas, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa.

Na rede social LinkedIn, descrevia-se como uma "apaixonada pelas relações internacionais, desenvolvimento e uma comunicadora alegre".

Em termos de percurso profissional, foi lojista em vários comerciantes da área do vestuário, mas desde 2022 que trabalhava como assistente humanitária na FOCUS. Ajudava os refugiados a integrarem-se na sociedade portuguesa. Antes, Mariana também tinha sido voluntária na ReFood durante um ano.

Farana Sadrudin era formada em Engenharia Informática pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal e, segundo tem sido referido por vários meios de comunicação, era sobrinha do representante diplomático da comunidade ismaelita em Portugal, Nazim Ahmad.

Dois mortos em ataque no centro ismaelita em Lisboa
Dois mortos em ataque no centro ismaelita em Lisboa

Com um papel ativo na comunidade ismaelita, Farana tinha também sido membro do Conselho de Subvenções e Revisão, membro do Conselho de Conciliação e Arbitragem por Portugal, entre outros.

Depois de ter trabalhado em projetos de IT em várias seguradoras, desde dezembro de 2021, Farana trabalhava na Fundação FOCUS - Assistência Humanitária, onde geria o processo de integração dos refugiados, através Programa de Regularização em Portugal (PSP).

O seu trabalho passava pela implementação de processos de gestão e programas, supervisão do desenvolvimento do plano familiar e individual, gestão das equipas de voluntários, entre outras.

O ismaelismo é um ramo minoritário do xiismo, uma corrente do islamismo. À semelhança dos outros muçulmanos, os ismaelitas acreditam num único deus e no profeta Maomé como mensageiro divino.

Partilham quase todas as crenças dos restantes xiitas, em si mesmos já um ramo minoritário do Islão, à exceção de uma: ao contrário dos restantes, seguem um imã vivo.

O centro ismaelita de Lisboa é o coração desta comunidade em Portugal e foi sede mundial do Imamat Ismaili, entidade supranacional que representa os ismaelitas, até 2020, quando foi transferida para o Palacete Leitão, na Rua Marquês da Fronteira.

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