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Lisboa

MAI sobre ataque ao centro ismaelita: "Que seja feita justiça depois deste ato trágico"

28 mar, 2023 - 15:03 • Diogo Camilo

Suspeito "não tinha qualquer sinalização" que pudesse prever ataque que provocou dois mortos e um ferido grave. Motivações estão sob investigação pela PJ, adianta José Luís Carneiro.

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O ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, disse esta terça-feira que deseja que "seja feita justiça depois deste ato trágico", no rescaldo do ataque que vitimou duas pessoas no centro ismaelita em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas na sede da Área Metropolitana de Lisboa, José Luís Carneiro adiantou que as motivações do suspeito, que foi transportado para o Hospital de São José depois de ter sido baleado numa perna pela PSP, já estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária (PJ).

O responsável começou por prestar uma "palavra de conhecimento e gratidão à PSP, que mostrou um grande nível de operacionalidade", indicando depois que o ataque se tratou de um "ato isolado que está a ser alvo de investigação pela PJ", referindo que devem "evitar-se análises precipitadas".

"As causas, as motivações e os termos em que se desencadeou este ato, que repudiamos veementemente, estão a ser investigadas", adiantou, sem mais detalhes.

Suspeito do ataque tem três filhos menores e aprendia português no Centro Ismaelita

Sobre o suspeito, José Luís Carneiro adianta que se trata de "um homem relativamente jovem, com três filhos menores, de nove, sete e quatro anos de idade, que foi vítima do falecimento da sua mulher na Grécia, num campo de refugiados" e que "foi recolocado em Portugal ao abrigo da cooperação europeia", beneficiando do estatuto de proteção internacional.

Este cidadão, assegura o MAI, tinha uma "vida tranquila, com apoio da comunidade ismaelita" para aprender português e ainda "apoio alimentar".

José Luís Carneiro afirmou ainda que não existiam "perspetivas de que o ataque viesse a acontecer". "Não havia qualquer sinalização que justificasse cuidados de segurança", acrescenta.

A PSP recebeu um alerta via 112 para o ataque perto das 11h desta manhã, tendo mobilizado de imediato vários agentes para o local, na Avenida Lusíada.

Do ataque resultaram dois mortos, duas mulheres funcionárias do Centro Ismaelita, e ainda um ferido grave, na casa dos 20 anos, que foi transportado para o Hospital de Santa Maria com golpes no pescoço e no peito.

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