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ASAE. "Há situações muito relevantes de desvios", clientes chegam a pagar mais de 50%

15 mar, 2023 - 23:51 • José Carlos Silva , Marta Pedreira Mixão

O inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, diz à Renascença que a fiscalização terá de ser reforçada.

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Entrevista ao inspector-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar

A ASAE detectou na inspecção realizada, esta quarta-feira, a 140 super e hipermercados, várias infracções que prejudicam a bolsa dos consumidores. A mais grave: produtos que, na hora de pagar, custaram mais de cinquenta por cento do que o preço que estava assinalado na prateleira.

Em declarações à Renascença, o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, promete que, perante os piores resultados registados em inspecções nesta área, a fiscalização terá de ser reforçada.

"Confirmam-se algumas desconformidades assinaláveis. Importa, naturalmente, reforçar a fiscalização nesse aspeto", afirma o inspetor-geral, acrescentando que em "em termos de resultados" registaram "o pior de sempre, no sentido do incumprimento cívico nestas situações de especulação objectiva".

"Há situações, de facto, muito relevantes de desvios. Quando se situam claramente acima de cinquenta por cento, isso é completamente inaceitável. E há situações acima desses desses valores. Mesmo nos outros abaixo, há situações que importam serem corrigidas sob pena de o consumidor ser defraudado relativamente à expectativa que tem. E, portanto, isto é um tipo de situação que eu diria que é fácil de ser corrigida. É quase um dos mínimos para se exercer a atividade, que é, de facto, ter um preço real versus aquele preço que é cobrado em caixa. É um desvio que não tem justificação".

Após a operação de fiscalização, a ASAE instaurou 25 processos-crime por especulação de preços de venda ao consumidor.
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  • José J C Cruz Pinto
    16 mar, 2023 ILHAVO 05:46
    "Processos" morosos para lidar com BANDIDOS, enquanto outros (apenas mais "engravatados" ) os defendem em público! Não conseguem lembrar-se mais nada? Se fossem automaticamente banidos de continuarem o exercício da actividade não seria muito mais justo e eficaz?

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