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"Verdadeiro escândalo”. Associaçao Zero critica expansão de pedreiras da Secil na Arrábida

01 mar, 2023 - 10:28 • Hugo Monteiro , Olímpia Mairos

Plano da Secil prevê a ampliação da área em 18 hectares e meio para garantir reservas próprias para a nova linha de produção de cimento

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A expansão das pedreiras na Serra da Arrábida é ilegal. O próprio regulamento do parque natural não o permite. O aviso é da Associação Ambientalista Zero, depois de ser conhecida a intenção da Secil de alargar a área de exploração das pedreiras na Arrábida.

De acordo com o jornal de Negócios, o estudo de impacto ambiental está já em discussão pública. Um quadro que Francisco Ferreira diz não ser compreensível.

“Não percebemos como é que o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, como é que a Agência Portuguesa do Ambiente está a ter em curso uma avaliação de impacto ambiental sobre algo que a legislação do Parque Natural da Arrábida é clara. Não pode haver expansão da área de pedreiras”, diz.

O plano da Secil prevê a ampliação da área em 18 hectares e meio para garantir reservas próprias para a nova linha de produção de cimento. A empresa garante que o novo plano é “mais sustentável do que o atual, com menos impactos na paisagem e no ambiente”.

Francisco Ferreira insiste que a expansão das pedreiras na Serra da Arrábida é ilegal e alerta que, a concretizar-se, pode abrir precedentes.

“Se se viabilizar esta expansão de uma pedreira no parque natural para nós é um verdadeiro escândalo e um precedente que, obviamente, poderá ser repetido em qualquer outra área classificada, e isso para nós, é completamente inaceitável”, argumenta.

A fábrica do Outão pode produzir cerca de 2,2 milhões de toneladas de cimento por ano. O estudo de impacto ambiental do "Novo Plano da Pedreira" está em consulta pública até 29 de março.

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