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Dia Europeu da Vítima de Crime

Violência doméstica é o crime mais denunciado e o que mais mata em Portugal

22 fev, 2023 - 07:38 • Ana Fernandes Silva

Para reverter a tendência de aumento dos casos de violência doméstica, a PSP apela à "prevenção diária e ao autocuidado”, relembrando a importância de “sinalizar e informar sempre que exista conhecimento deste tipo de situações, mesmo que não seja vítima direta”.

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A violência doméstica já é o crime mais denunciado e o que mais mata em Portugal. A revelação é feita pela Polícia de Segurança Pública (PSP) neste Dia Europeu da Vítima de Crime.

Por ano, a PSP regista em média 175 mil denúncias criminais, sendo que a grande fatia corresponde aos crimes de violência doméstica.

Em entrevista à Renascença, a subcomissária Inês Lemos indica que “a violência doméstica é o crime que, anualmente, apresenta a maior taxa de homicídios”, sendo que “o maior tipo de violência reportado é a violência psicológica”.

O quadro não altera muito quando analisamos os processos criminais que chegam à Comissão de Proteção às Vítimas de Crimes - entidade responsável pelos pedidos de indemnização.

Segundo o presidente da comissão, Carlos Anjos, as vítimas de crimes de “homicídio, violação e abusos sexuais de menores são as que mais chegam”.

Entre os lesados, aos quais são atribuídas as indemnizações mais altas, estão os “os casos de abusos sexuais homicídios, homicídios na forma tentada”.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) diz que o cenário tem-se mantido pouco inalterável nos últimos anos.

“Entre 75 a 80% da vítimas são de violência doméstica”, diz à Renascença o assessor da APAV, Frederico Marques.

“A APAV lida também, com bastante frequência, com a violência sexual e com diferentes situações no âmbito da cibercriminalidade”, acrescenta

Para reverter esta tendência de aumento dos casos de violência doméstica, a PSP apela à “prevenção diária e ao autocuidado”. Mas, relembra a importância de “sinalizar e informar sempre que exista conhecimento deste tipo de situações, mesmo que não seja vítima direta”.

Inês Lemos sublinha a importância destes casos chegaram às autoridades para que possam “atuar e prevenir situações futuras”.

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