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Habitação

"Fartos de promessas". Inquilinos desconfiam de apoio às rendas que o Governo vai aprovar

10 fev, 2023 - 10:24 • André Rodrigues

Conselho de Ministros vai aprovar um mecanismo permanente de apoio ao arrendamento destinado às famílias que tenham sofrido quebras significativas de rendimentos. Presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses avisa que isso não chega e lamenta que o Governo se tenha esquecido daqueles que não conseguem arrendar casa, "por causa dos preços especulativos".

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O presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, considera positivo, mas insuficiente, o mecanismo permanente de apoio às rendas para a habitação, que o Governo se prepara para aprovar na próxima semana em Conselho de Ministros.

De acordo com o semanário "Expresso", a medida visa apenas os contratos de arrendamento e destina-se às famílias com quebras significativas de rendimentos, para evitar uma subida exponencial da taxa de esforço.

“Promessas dessas, nós estamos fartos de ouvir”, critica Romão Lavadinho, em declarações à Renascença, lamentando que o Governo se tenha esquecido das famílias que nem sequer conseguem chegar ao mercado de arrendamento, “porque os valores que lhes são pedidos são especulativos e impossíveis de pagar”.

Por isso, o presidente da AIL diz ser mais prudente “aguardar que, de facto, no dia 16 o Governo decida isso, mas, depois, que ponha em prática essa decisão”.

“Mas isso não basta, porque isso é só para aqueles que estão com dificuldade em pagar”, acrescenta.

Segundo o "Expresso", o novo pacote legislativo para a área da habitação passa, também, pela criação de incentivos fiscais à construção, ou reabilitação, de habitação por privados, para aumentar a oferta pública de arrendamento acessível.

Romão Lavadinho admite que “a promessa é um sinal positivo”, mas alerta que “tudo se torna impossível se nada for posto em prática”.

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