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Vistoria a prédio da Mouraria reagendada para esta segunda-feira

06 fev, 2023 - 11:53 • Lusa com redação

13 dos 22 desalojados após o incêndio que atingiu, no sábado, o prédio lisboeta foram realojados pela Santa Casa da Misericórdia. Ainda não são conhecidas as causas do fogo ou se há indícios de crime.

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A Proteção civil Municipal de Lisboa avalia, esta segunda-feira, as condições de habitabilidade e de segurança do prédio da Mouraria, onde morreram no sábado duas pessoas na sequência de um incêndio.

De acordo com a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), Margarida Castro Martins, a vistoria, inicialmente prevista para a manhã desta segunda-feira, foi reagendada para o início da tarde, devido à disponibilidade dos serviços camarários.

Duas pessoas de nacionalidade indiana morreram e outras 14 ficaram feridas, no sábado, após um incêndio ter deflagrado num prédio no bairro lisboeta. Todos os feridos já tiveram alta hospitalar.

O fogo que, segundo o Regimento de Sapadores Bombeiros , terá tido origem na cozinha do rés-do -chão afetou 25 pessoas, e deixou 22 pessoas desalojadas, para além, da morte de dois cidadãos indianos, um dos quais menor.

De acordo com Margarida Castro Martins, dos 22 desalojados, “neste momento, foram realojadas 13 pessoas”, pela Santa Casa da Misericórdia, numa pensão da cidade, tendo os restantes encontrado solução por modo próprio.

Para esta segunda-feira está agendado o atendimento dos cidadãos afetados pelo incêndio para saber que apoios vão poder ter e as soluções de residência. Ainda segundo a responsável, o Alto Comissariado para as Migrações encontra-se também a acompanhar o processo.

A mais recente atualização do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) avança que viviam no prédio dois cidadãos belgas, dois argentinos, dois portugueses, três bengalis e 15 indianos.

Segundo Margarida Castro Martins, a Polícia Judiciária esteve no local no sábado "para apurar as eventuais causas do incêndio e a existência ou não de indícios de crime", não tendo ainda sido divulgadas conclusões.

O presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho admitiu, na noite de sábado, que no edifício poderia estar a funcionar um alojamento local.

"Se funcionava como alojamento local era clandestino e há aqui muito alojamento local clandestino, posso dizer que há", disse Miguel Coelho, em declarações aos jornalistas.

O alerta para o incêndio que só atingiu o rés-do-chão do prédio, na Rua do Terreirinho foi dado minutos depois das 20:30 de sábado. O fogo foi declarado extinto às 21:15.

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