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Fundação da JMJ defende que infraestruturas devem ter em conta "dimensão do encontro"

25 jan, 2023 - 21:05 • Marta Pedreira Mixão

Para a Fundação, os requisitos técnicos e de segurança justificam a dimensão do palco-altar. As contas serão divulgadas, garante.

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A Fundação Jornada Mundial da Juventude defende que todas as infraestruturas para o evento “devem ter em mente a dimensão do encontro”, acautelando que, apesar da “incerta a afluência”, já conta com 400 mil peregrinos inscritos, o que dá perspetiva de que será "um acontecimento com uma dimensão inédita em Portugal”. Desta forma, os requisitos técnicos e de segurança justificam a dimensão do palco-altar.

“Neste contexto, o trabalho desenvolvido para os projetos de infraestruturas tem vindo a considerar cenários quanto à afluência aos eventos e também requisitos técnicos necessários para garantir a viabilidade dos locais, nomeadamente em termos de segurança, acessibilidade e sustentabilidade”, defende a Fundação em comunicado enviado à Renascença.

A Fundação refere que “todas as infraestruturas associadas" devem "ter em mente a dimensão do encontro". Contudo, reconhece "a dificuldade de visualizar e apreender a dimensão da JMJ [Jornada Mundial da Juventude] e a escala necessária para o encontro de cerca de um milhão de peregrinos com o Papa – para a qual não existem infraestruturas preparadas em Lisboa”.

Na nota, explica ainda que "a missa final conta com o maior número de peregrinos" e, por isso, "o altar do Parque Tejo terá cinco mil metros quadrados, com capacidade para acolher duas mil pessoas" e que será "erguido, para ser visível por todos os peregrinos, a uma altura de quase três andares, contando com dois elevadores de apoio à mobilidade reduzida e escadaria central de acesso, além de uma cobertura que implica uma estrutura sólida e segura”.

O esclarecimento surge depois de Carlos Moedas ter apontado a responsabilidade dos encargos à Igreja, dizendo que "as especificações daquele palco foram definidas em reuniões" com a "Jornada Mundial da Juventude, com a Igreja e com a Santa Sé".

A Câmara Municipal de Lisboa adjudicou por ajuste direto a construção do palco-altar da JMJ por 4,24 milhões de euros, o que gerou queixas de “falta de transparência” por parte da oposição e um pedido do Chega para que Carlos Moedas vá ao Parlamento justificar os custos do evento.

Segundo a informação disponibilizada no Portal Base da Contratação pública, à construção do palco-altar soma-se o valor de "1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura”.

Na nota, a Fundação JMJ compromete-se ainda a "divulgar, ao longo do projeto, os custos e os investimentos deste acontecimento inédito para o nosso país que são da sua responsabilidade” e reitera que “tem vindo a desenvolver o planeamento” do evento “em estreita colaboração e cooperação", desde o inicio, “com todas as partes envolvidas na organização” - Governo e as autarquias de Lisboa, Loures, Cascais e Oeiras.

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